Definido pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) como Ano Internacional das Frutas e Verduras, 2021 está chegando ao fim e, no Brasil, essa homenagem tem vários significados importantes, afinal, o País, situado entre os três maiores produtores de frutas do mundo, cumpre sua missão de promover o consumo saudável, contribuindo com a produção crescente para que seja aumentado o consumo a cada refeição.
Ainda assim, “é importante reforçar a qualidade que chega às nossas mesas”, explica o produtor do Vale do São Francisco, Newton Matsumoto, na segunda parte do episódio Frutas, da série “De Lá Pra Cá”, idealizada pelo Movimento Todos a Uma Só Voz e que ajuda a compreender de onde vem o que consumimos.
Há 30 anos trabalhando com uvas, o diretor técnico da Cooperativa Agrícola Nova Aliança (Coana) explica sobre a evolução da produção: “A uva foi uma das primeiras culturas que foi estudada pelo homem. Para ter ideia, a primeira vinícola conhecida foi na Armênia, há 4.000 anos a.C.” conta e completa que, “para o Brasil, a fruta veio junto com a expedição portuguesa do descobrimento, mais forte depois na imigração italiana, nos Estados de São Paulo e Paraná, posteriormente se espalhando por todo território nacional.”
No Vale do São Francisco – região que margeia o rio São Francisco nos Estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco -, local em que Matsumoto produz há mais de três décadas, ainda há um diferencial: produção o ano todo. “Umas das coisas que diferencia o Vale do São Francisco do resto mundo é o clima favorável. A uva é originalmente uma planta de clima temperado. Então se considerarmos as quatro estações do ano, a uva, em ciclo comum, brota na primavera, frutifica no verão, e se colhe no final do verão ou no outono. Se não tivéssemos a diversidade de locais produtores, com diferentes climas produzindo, teríamos uva somente no final do ano no Brasil – como era antigamente, tradicionalmente no fim e início do ano. Mas, a condição em clima tropical de certas regiões permite que a gente produza todos os dias do ano, como ocorre no Vale”, explica o especialista que aponta como isso ajudou a garantir o aumento do consumo no país.
No processo de produção, o advento da tecnologia foi muito importante, inclusive para tornar o preço da fruta mais acessível. Engana-se, porém, quem vê essa história de evolução e acredita em um processo ágil e simplista. “A uva é uma cultura artesanal. Desde a semente, a validação de uma variedade comercial da fruta, passando pelo campo até a mesa do consumidor pode levar de cinco a dez anos. Se o produtor já tiver a variedade a ser plantada a colheita vai levar cerca de um ano e meio.” Isso significa que durante todo esse tempo o produtor está investindo na fruta, superando percalços do clima, das pragas e atravessando os desafios sem retorno.
Benefícios da uva: por que ela deve estar à mesa?
Além de ter diversas vitaminas, como C e B, o principal ponto são os antioxidantes, como resveratrol, uma fitoalexina que se encontra naturalmente nas uvas. Essa molécula elimina radicais livres e aumenta a atividade metabólica. Ainda protege o organismo contra o estresse oxidativo, combatendo a inflamação e ajudando a prevenir alguns tipos de câncer, inclusive diminuição do colesterol.
“A uva já é uma fruta de destaque no Brasil porque ela tem consumo em vários níveis sociais, o que fortalece um alimento saudável, nutritivo e acessível, graças ao emprenho tecnológico dos produtores”, afirma o viticultor que finaliza: “trabalhamos para que se consuma mais e se consuma seguro”.
Para saber todos esses detalhes e ainda mais curiosidades, como, por exemplo, para que serve cada tipo de uva dentre as mais de 40 variedades no mercado – até com sabor de algodão doce –, como toda essa cultura artesanal consegue resistir às pragas e outras informações do mundo das videiras acesse o episódio sobre frutas já disponível no canal do YouTube do Movimento Todos A Uma Só Voz.
De Lá Pra Cá – A série “De Lá Pra Cá”, idealizada pelo Movimento Todos a Uma Só Voz, quer mostrar o caminho que os produtos percorrem, saindo do campo até chegarem à mesa do consumidor, seja em sua casa ou nos bares e restaurantes. Tudo com uma linguagem informal e acessível.
Por meio desta narrativa compreensível por todos, pretende conectar a cadeia produtiva do Agro, estimulando a empatia da população urbana pelo campo e pelos produtores rurais, fortalecendo a imagem do agronegócio nacional, gerando oportunidades de negócios e compartilhando conhecimento para todos.
O episódio Frutas da série “De Lá Pra Cá” teve o apoio e patrocínio da Abrafrutas, CropLife, Corteva, Polpanorte e apoio institucional da Esalq-USP.
Sobre o Todos a Uma Só Voz – Lançado oficialmente em fevereiro de 2021, conta com a ajuda de diversas associações, empresas e profissionais que trabalham unidos em prol de gerar e disseminar conhecimentos de boa qualidade e estimular a empatia da população urbana pelo campo e pelos produtores e produtoras.
O Movimento tem o apoio institucional da Esalq-USP, Abag, Abagrp, Abcc, Abia, Abiarroz, Abiec, Abisolo, Abitrigo, Abmra, Abpa, Abrafrutas, Abraleite, Abrasel, Agroligadas, Agroreset, Aipc, Ama Brasil, Anda, Andav, Aprosoja-RO, Asbram, Capitalismo Consciente, Cecafé, Cicarne, Climatempo, Congresso Das Mulheres, Fenep, Grupo Mulheres Do Brasil (Comitê Agronegócio), Ibá, Ibrahort, Liga do Agro, Pecege, Sae Brasil, Sindan, Sindirações, Sistema OCB, SNA, Yami.
Tem o apoio comercial das empresas Agroline, Attuale, Coelho&Morello, Companhia de Estágios, Lamarca, RCom, RV Mondel, TrahLahLah.
O GestAgro 360° é apoiador de mídia do movimento.
Para saber mais sobre o movimento, acesse: