As infecções do trato urogenital é uma das principais doenças da suinocultura, afetando leitoas e porcas de forma endêmica. Por se tratar de patologia multifatorial, os diversos fatores de risco contribuem para alta taxa de prevalência da enfermidade, principalmente na criação intensiva de suínos.
“Entre os fatores de risco estão qualidade da higiene das instalações, problemas do aparelho locomotor, qualidade e quantidade da água ingerida e situações estressantes decorrentes do manejo ou ambiente”, explica André Buzato, gerente técnico da área de suínos da Vetoquinol Saúde Animal.
A criação intensiva exige do suinocultor máxima eficiência no sistema de produção. Os índices reprodutivos estão entre mais importantes parâmetros para se medir esta eficiência. Os principais sinais clínicos das infecções do trato urogenital podem ser febre, apatia, dificuldade para urinar (micção em jatos), descarga vulvar mucopurulenta ou muco-hemorrágica e dificuldade para levantar. A Escherichia coli é a bactéria mais presente nos processos de infecções do trato urogenital em fêmeas suínas. Nos casos mais graves, podem evoluir para infecção generalizada e levar a fêmea à morte.
Para André Buzato, o controle das infecções do trato urogenital merecem atenção, porque existe uma relação desta enfermidade com os principais problemas reprodutivos, dentre eles as patologias puerperais. “Na espécie suína, existem várias condições de doenças associadas ao período do periparto sob diferentes denominações, tais como a síndrome da Mastite-Metrite-Agalaxia (MMA), mastite por coliformes, toxemia puerperal, síndrome de disgalaxia pós-parto, síndrome de descargas vaginais e infecção do trato urogenital”, diz o especialista da Vetoquinol.
Todas estas patologias afetam negativamente a produção de leite, no período mais crítico para as leitegadas, que são as primeiras horas estendendo-se até os três primeiros dias de vida dos leitões. “Isto acarreta baixa ingestão de leite e colostro. Consequentemente, temos diminuição no ganho de peso diário dos leitões e aumento da mortalidade neonatal, o que traz muitos prejuízos para a produção”, destaca Buzato.
Ele lembra que o controle efetivo das infecções do trato urogenital passa por diminuição dos fatores de risco e utilização de tratamentos eficazes dos animais afetados. “Existe forte tendência na diminuição dos tratamentos terapêuticos ou preventivos com antimicrobianos via ração. Os tratamentos com antibióticos injetáveis estão na mesma direção, com o uso prudente de antibióticos. Diante deste cenário, para o tratamento da síndrome da MMA e das infecções do trato urogenital”, explica, indicando, para tratamento, antibiótico injetável, como o Forcyl, da Vetoquinol, que é em dose única próprio e trata as infecções causadas pela E.coli e outros agentes bacterianos, por ter a marbofloxacina como princípio ativo.