Com a alta do dólar neste primeiro semestre, os preços dos químicos e fertilizantes dispararam no mercado internacional, chegando a quase 50% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, os agricultores brasileiros que não tinham adquirido os insumos para a safra 2020/2021, terão seus custos elevados. Nesse cenário, a adoção de defensivos biológicos pode otimizar os custos, uma vez que a matéria prima é praticamente toda nacional e permite manejo integrado com os químicos.
Segundo Carlos Alberto Baptista, diretor nacional de vendas da Biotrop, empresa que desenvolve soluções biológicas e naturais para a agricultura, “hoje, 43% dos agricultores brasileiros nem conhecem os produtos biológicos. Esta é a hora de conhecer e fazer as contas, entendendo que o biológico nessa realidade é ainda mais uma excelente alternativa econômica.
O momento também é favorável para a empresa, que mantém elevadas suas expectativas em relação ao mercado, inclusive porque, mesmo com a crise causada com a pandemia do novo coronavírus, “os produtores se adaptaram rapidamente, e os trabalhos no campo não pararam. A crise tem gerado boas oportunidades para o agronegócio brasileiro de modo geral. Em abril, por exemplo, o País aumentou em 13% sua exportação quando comparado com março de 2019 e isso representou 18% a mais de volume exportado”, destaca o diretor nacional de vendas.
Complementando a afirmação de Baptista, Eduardo Pesarini, diretor de operações da Biotrop, lembra que 95% da matéria prima de seus produtos têm origem nacional, o que torna a solução neste momento, muito mais atrativa, diferentemente dos fertilizantes e defensivos que são cerca de 80% importados. Além disso, o custo é em real, possibilitando manter o mesmo patamar de valores, sem acréscimos. “Neste momento do mercado enxergamos grande oportunidade para os biológicos. O setor tecnicamente já vinha crescendo com uma relação de investimento x retorno bastante atrativa. Com a disparada do dólar isso se consolida”, afirma.
Os produtores podem utilizar os biológicos de maneira estratégica: em complementariedade aos químicos, numa espécie de manejo integrado. Assim, o agricultor pode construir muito mais resultados nas lavouras, trabalhando com as duas ferramentas de forma conjunta, extraindo o melhor que cada uma tem a oferecer. “Quando falamos em manejo da qualidade do solo, os biológicos se destacam”, diz Baptista.