Novo quelato com bioatividade comprovada e biodegradável no solo é novidade da ICL

Compostos químicos que formam moléculas complexas com íons metálicos, os agentes quelantes são adicionados intencionalmente a um produto para melhorar a sua estabilidade, durabilidade, aplicabilidade ou facilitar o processo de produção. Eles permitem que a aplicação e absorção dos micronutrientes metálicos, como manganês, zinco, cobre, níquel e ferro, sejam facilitados nas plantas. 

Um dos herbicidas mais utilizados no manejo de plantas daninhas é o glifosato.  Em uma calda de aplicação, quando os nutrientes não estão quelatizados, ele reage com os micronutrientes, o que faz com que sejam neutralizados ou precipitados resultando em baixa absorção pela planta. “Após cinco anos de pesquisas, estamos trazendo ao mercado um novo quelato, que ainda se encontra em processo de patente, tão eficiente quanto o EDTA em termos de estabilidade de calda e segurança na aplicação, mas com efeito fisiológico bastante superior”, comemora o engenheiro agrônomo Cleyton Domingos, gerente de Produtos Foliares na ICL.

O profissional relata que na cultura da soja, por exemplo, onde foram feitos os primeiros testes com a nova molécula, houve um incremento em produtividade de 2,5 sacas por hectare, quando comparado com o EDTA. “Trabalhamos para trazer ao mercado um quelato que atua para que não exista as perdas dos micronutrientes. Nossa molécula é superior do ponto de vista fisiológico por ser capaz de ativar enzimas do sistema antioxidante das culturas, enzimas do metabolismo do nitrogênio e ainda maximizar a fixação de carbono”, informa o gerente de Produto.

Foram cinco anos de trabalhos, da concepção ao lançamento do novo quelato. Parte das pesquisas iniciais foram desenvolvidas no Centro de Pesquisa da ICL, em Suzano (SP), e parte no campo, pela área de P&D no Innovation Center em Iracemápolis (SP).  Em um primeiro momento, o novo quelato é direcionado à soja, milho, cana e café, mas com possibilidade de utilização em outras culturas. Além disso, é biodegradável, ou seja, eco friendly. “O Ecolyzer, órgão de pesquisa reconhecido pelo MAPA, referenciou que, após 24 dias da aplicação, a molécula se degrada 100 por cento no solo”, destaca Domingos.

Linha BIOZ

Inicialmente, o novo quelato da ICL estará presente na linha que leva a assinatura BIOZ nos produtos Kellus Inox, Kellus Blindex e Kellus Copper, fertilizantes minerais mistos que contêm um biofertilizante em sua formulação, ou seja, um produto à base de substância orgânica com bioatividade comprovada.

Lançada globalmente pela ICL em 2022, BIOZ é uma linha que contém substâncias orgânicas com bioatividade comprovada. Keep Green, o primeiro integrante da linha e o biofertilizante pioneiro registrado na cultura do café chegou ao mercado brasileiro, mas outros produtos da linha já estão sendo comercializados no Japão e Israel. “Nos próximos dois anos, esperamos trazer ao mercado outros produtos nesse guarda-chuva da linha BIOZ, principalmente para soja e milho, os maiores mercados do País”, adianta o Gerente de Produtos Foliares da ICL.

O que é um biofertilizante?

É um produto que contém princípio ativo ou agente orgânico isento de substâncias agrotóxicas, capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade, sem ter em conta o seu valor hormonal ou estimulante. A definição veio por meio da instrução normativa 61, do MAPA, de 8 de julho de 2020. Pode ser à base de aminoácidos, de extratos de algas, extratos vegetais, substâncias húmicas ou composto, ou seja, uma mistura deles desde que apresente bioatividade comprovada.