Paulo Padilha*
Cultivar não é uma tarefa fácil. O produtor além de sua lavoura precisa monitorar centenas de variáveis que podem interferir no sucesso lá no fim da safra. Para este processo complexo, é preciso o auxílio de ferramentas que facilitem o seu trabalho com dados e números que serão fundamentais nas tomadas de decisões. A tendência nos últimos anos é o surgimento de soluções em agricultura de precisão. Podemos dizer que a agricultura de precisão é uma filosofia de manejo da fertilidade do solo utilizando-se de informações exatas e precisas sobre faixas ou porções menores do terreno, tendo por objetivo aumentar a eficiência do uso de corretivos e fertilizantes nas culturas agrícolas. E o que podemos dizer dessas novas ferramentas para a importância de um bom preparo de solo?
Primeiro vamos destacar algumas dessas novas “armas” à disposição dos produtores. Podemos elencar os sistemas de posicionamento global (GPS), sistema de informações geográficas (SIG ou GIS), tecnologias de aplicação em taxa variável, monitoramento das áreas, sensoriamento remoto, monitores de colheita, amostradores de solo e balizadores de aplicação (aérea e tratorizada). Além disso, sensores de matéria orgânica, de plantas daninhas, de umidade de solo, de pH, de NO3 no solo, de compactação, pulverizadores de precisão, fotografias aéreas e outros.
Já ficou claro para o agricultor que é fundamental o preparo do solo, bem feito, isso resulta em lavouras de alta produtividade. Nessa fase inicial é fundamental a mecanização e uso dessas novas tecnologias. O preparo do solo e, principalmente, as práticas corretivas como o uso correto do calcário, do gesso, e até mesmo do fósforo para corrigir o solo estão na lista obrigatória de sucesso.
A Piccin Tecnologia Agrícola, por exemplo, é uma empresa especialista em desenvolver equipamentos voltados ao preparo do solo, em seu portfólio, conta com soluções tecnológicas com padrão ISOBUS para todo o ciclo produtivo. Ou seja, implementos que garantem comunicação total entre máquinas e tratores ISOBUS, resultando em transparência e liberdade aos produtores. Além disso, há a possibilidade também de utilizar os equipamentos com sistema de desligamento linha a linha para semeadoras, desligamento bico a bico para autopropelidos e taxa variável nas mais diversas operações.
A empresa também tem parceria com a americana Ag Leader, que disponibiliza para a linha de distribuidores de adubo e materiais como calcário terminais do tipo InCommand 1200/800, com a plataforma, chamada de AgFinit. Essa opção é uma mão na roda e gerencia dados agronômicos, com taxa variável e transferência de informações para “Nuvem”, onde o agricultor pode ter acesso de qualquer lugar e em qualquer momento. Os dados ficam disponíveis em um local virtual, além disso, a sincronização de mapas e relatórios é realizada entre a nuvem e o dispositivo, utilizado pelo agricultor para gerenciar a safra.
O uso dessas e de tantas outras ferramentas da agricultura de precisão é a redução dos custos de produção, principalmente dos agroquímicos, fertilizantes e/ou corretivos. Conforme aponta Rossato (2010), em média, é possível obter uma redução de 20-30% no custo de insumos como calcário, fósforo e potássio. Com a aplicação diferenciada de insumos consegue-se maior homogeneidade da lavoura e aumento de sua produtividade. É questão de avaliar quais ferramentas melhor se adaptam ao bolso e a necessidade da propriedade.
*Paulo Padilha é técnico de Agricultura de Precisão da Piccin Tecnologia Agrícola