Os criadores de equídeos precisam estar atentos e preparados ao transportar e/ou vender seus animais, pois é necessária a realização de exames de diagnóstico de duas importantes doenças: AIE (Anemia Infecciosa Equina) e Mormo.
“Para ter validade perante os órgãos oficiais de sanidade animal, estes exames só podem ser realizados em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (mapa). Um criador não pode transportar ou comercializar equídeos (equinos, asininos e muares) sem a comprovação de que sejam negativas estas duas doenças”, informa Adrienny Reis, gerente de diagnósticos e serviços técnicos – Vacinas da Sanphar/Ipeve.
Para a realização dos exames, o criador deve contar com a consultoria de um médico veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária de sua respectiva Unidade Federativa para AIE e, no caso de Mormo, o médico veterinário também deve ser habilitado no órgão de defesa sanitária de sua região. Esse profissional fará a coleta de sangue e enviará ao laboratório. A validade de cada análise é de 60 dias a partir da data da colheita do soro.
Diagnóstico é obrigatório e vital – Mormo é uma doença infectocontagiosa de curso agudo ou crônico, muitas vezes fatal, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que acomete principalmente os equídeos, podendo também infectar o homem (zoonose). O mormo pode ou não vir acompanhado de sinais clínicos e não há tratamento eficaz para eliminação do agente nos animais portadores.
A AIE (Anemia Infecciosa Equina) é uma doença infecciosa causada por um Lentivirus, podendo apresentar-se clinicamente sob as formas aguda, crônica e subclínica. A doença é caracterizada por episódios de febre recorrente, trombocitopenia, anemia, perda de peso rápida e edema dos membros inferiores. Contudo, os equídeos podem ser portadores do vírus sem a apresentação de sinais clínicos.
“Não há tratamento alopático nem produtos biológicos (vacinas) disponíveis para ambas as doenças. Dessa forma, após a conclusão do diagnóstico laboratorial, é necessário o sacrifício dos animais sorologicamente positivos. O diagnóstico dessas enfermidades pode salvar todo o plantel”, alerta Adrienny Reis.