Normas e certificações ampliam produção e produtividade do agro, afirma ABNT

Em 25 de fevereiro é o Dia do Agronegócio, o setor que é o motor da economia brasileira e, para aumentar a produtividade no campo até chegar ao consumidor, empreendedores rurais encontraram na certificação e normalização da Associação Brasileira das Normas Técnicas – ABNT, uma forma de ampliar a participação no mercado. Isso porque a entidade possui um arcabouço normativo moderno, amplo e integrado com mais de 400 normas voltadas à diferentes culturas, como cana-de-açúcar, café e laranja, soja, fumo, carne bovina e milho, além de algodão, arroz e cacau.

A ABNT, como fórum de normalização do Brasil e único representante do País nos fóruns internacionais, tem sido protagonista na participação dos comitês da ISO, para elaboração de normas relacionadas ao setor, como por exemplo a do própolis. “O produto passou a ter reconhecimento internacional a partir de padronização promovida pela ABNT. O Brasil teve um papel de destaque como mediador das discussões no âmbito da ISO nesse segmento, com normas que buscam inibir falsificação de produtos e melhorar a competitividade”, afirma o presidente Mario William Esper.

Algodão social

Na certificação, Associação Brasileira de Normas Técnicas — ABNT é uma das certificadoras do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e certificou na safra 20/21, mais de 240 fazendas no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão. Atualmente 81,3% da safra brasileira 20/21 já é certificada, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

Enquanto grande parte do setor produtivo foi impactado pela pandemia, a safra 20/21 de algodão fechou com superávit da balança comercial encerrando a temporada em US$ 3,762 bilhões, quando as exportações chegaram a 2.398 milhões de toneladas e importações 3.665 mil toneladas, gerando um superávit comercial de 2.394 milhões de toneladas. Com isso, o Brasil passou de quarto para segundo maior exportador mundial de algodão nos últimos 10 anos, e atualmente ocupa 22% de market share sobre o total exportado no mundo.

“A certificação das fazendas produtoras de algodão, com base no Programa ABR é um passaporte para o mercado globalizado cada vez mais pressionado pelas exigências do consumidor consciente que pretende deixar um mundo melhor para as futuras gerações e que para isso busca além da qualidade e preço justo”, explica o presidente da ABNT.

Para a obtenção do certificado ABR, cuja ABNT é uma das certificadoras são verificados em auditorias de campo os critérios internacionais relativos à conformidade social da produção: proibição de trabalho infantil e forçado ou análogo ao de escravo, proibição de trabalho indigno ou degradante, regularidade do contrato de trabalho, segurança do trabalho, proibição de discriminação de pessoas e liberdade sindical.

É sempre importante lembrar que a ABNT é o único Foro Nacional de Normalização, por reconhecimento da sociedade brasileira desde a sua fundação, em 28 de setembro de 1940, e confirmado pelo Governo Federal por meio de diversos instrumentos legais. É responsável pela elaboração das Normas Brasileiras (NBR), destinadas aos mais diversos setores, participando da normalização regional na Associação Mercosul de Normalização (AMN) e na Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas (Copant) e da normalização internacional na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC). Também atua na área de certificação, atendendo grandes e pequenas empresas, nacionais e estrangeiras. No total são mais de 400 programas de certificação destinados a produtos, sistemas e verificação de gases de efeito estufa, entre outros.

Foto: Sistema CNA