Fortalecer a integração e a troca de conhecimentos que promovam o aprimoramento da atividade pecuária. Com essa meta o professor José Luiz Vasconcellos, da UNESP/Botucatu, com o apoio da Zoetis, criou, em 2006, o Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho – Gerar e, 15 anos depois, computa coleta e análise de mais de 9 milhões de dados em reprodução bovina, presença em quatro países, 17 estados brasileiros, em 486 municípios, e 1521 fazendas, tendo reportado na última estação de monta (2020/2021) taxa de prenhez média de 51,5%.
Com esses resultados, segundo Rafael Moreira, gerente de Produto da Zoetis, está organizado “o maior banco de informações especializado do mundo, reunindo setor acadêmico, médicos-veterinários e fazendas de gado de corte e leite de todo o Brasil”.
Trabalhando juntos, esses setores promovem inovações e analisam resultados referentes à IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) e TETF (Transferência de Embriões em Tempo Fixo). Os dados são coletados nas fazendas por técnicos qualificados, analisados pela equipe da UNESP-Botucatu-SP, apresentados nas reuniões anuais dos grupos Gerar, que em 2014 evoluiu para Gerar Corte e Gerar Leite, atualmente com sete e cinco grupos, respectivamente. O acompanhamento dos animais é feito na prenhez, além de haver indicações de protocolo com acompanhamento permanente.
“O Gerar é diretamente responsável por uma parte significativa da produção pecuária no Brasil. Tudo isso é fruto de muito estudo e conhecimento”, comemora Moreira, reforçando que com esse “trabalho inovador, o Grupo Gerar oferece um canal de relacionamento contínuo que contribui com o avanço de pesquisas, disseminação de importantes informações técnicas e desenvolvimento de novas tecnologias. Cada encontro do programa é uma extraordinária oportunidade para conhecer o que há de mais novo na área de biotecnologias da reprodução de bovinos e no portfólio da linha reprodutiva Zoetis”.
Os resultados obtidos ao longo desses 15 anos comprova o lema do Gerar: “Faz diferença fazer parte”. Por exemplo, em 2006, eram 40 técnicos participantes, hoje são 251. O volume de dados também é crescente. Em 2018, o Gerar Corte analisou 5 milhões de dados, enquanto o Gerar Leite, 200 mil. Em 2021, encontro anual realizado em agosto, foram anunciados 9,5 milhões de dados analisados e um total de 3,3 milhões d matrizes assistidas e 2,4 milhões de matrizes sincronizadas.
O reflexo para o pecuarista são perceptíveis. Como esclarece Izaias Claro Junior, gerente Técnico de Bovinos da Zoetis, “no caso do gado leiteiro, registra-se aumento de 25% na produção do leite com o uso de IATF, mas como primeiramente é preciso acontece a prenhez, o produtor terá retorno a partir de 12 a 18 meses”, garantindo que “sob o respaldo técnico do prof. Zequinha, o Grupo tem por objetivo obter os melhores resultados nas fazendas. Para se ter uma ideia da abrangência e relevância do Gerar, hoje, de quatro vacas, uma passa por mãos de técnico do Grupo”, completou Izaias.
“Observando o atual momento da pecuária em que os custos subiram, mas a margem também, temos uma grande oportunidade em relação ao uso de tecnologias em reprodução”, pontuou o prof. Zequinha, e, frente ao atual contexto da pecuária no País, com alta demanda e preços mais altos, recomendou: “Precisamos nos planejar para a realização de duas IATFs em todas as categorias de animais. O que observamos a campo é que quanto menor o escore corporal de um animal, mais importante nos programarmos para duas IATFs e utilizarmos o melhor pacote tecnológico, já que sabemos que neste caso, os resultados, na média, serão inferiores”.
Foto: Zoetis