Com sete meses corridos do ano safra 2020/2021, a maior parte do setor sucroenergético já está em processo final do corte da cana-de-açúcar e, de acordo com relatório Cana Zoom, produzido periodicamente pela União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o Sistema Tempocampo e o Laboratório Integrado de Análise de Dados em Agronegócio e Bioenergia (Linear), no acumulado desta safra, registrado até a primeira quinzena de outubro, o setor já atingiu 538,13 milhões de toneladas de cana processada, um aumento de 5,06% sobre as 512,23 milhões processadas em igual período do ciclo 2019/2020.
Os ótimos resultados apontados pelo relatório podem ser atribuídos a diversos fatores, mas um deles está diretamente ligado a nutrição complementar, uma dentre tantas outras formas de fertilização do canavial que vem demonstrando resultados significativos e que tem importância fundamental no processo produtivo.
Artigo publicado no site da Copercana, sob o título “nitrogênio na produção de cana-de-açúcar: aspectos agronômicos e de manejo na cana-soca e planta”, aponta que a complementação é responsável por 23% da energia fóssil utilizada nas operações da cultura, e 19% da energia total gasta. Ou seja, “a prática é fundamental para o aumento da produtividade da cultura, já que o nutriente apresenta função estrutural e participa de compostos orgânicos e processos fisiológicos que garantem o crescimento e desenvolvimento da planta”. Em outras palavras, a nutrição complementar é uma forte aliada do produtor já que pode promover o aumento da produtividade do canavial.
Mas para que a aplicação seja de fato eficiente e, para que lá na frente seja revertido em ganhos positivos no processo de corte e moagem da matéria-prima, é preciso estar atento ao momento correto para executar essa aplicação, assim como ter conhecimento da quantidade certa a ser aplicada.
“Na Raízen a complementação nutricional é realizada nas áreas de produção e, por reconhecer os benefícios do manejo, a relação média entre retorno/investimento é de 1:4, ou seja, quando se fala em produtividade, o investimento equivalente a 1 tonelada de cana por hectare, o que pode gerar um retorno de 4 vezes mais, de acordo com o Manual da Adubação Foliar da Embrapa”, afirma Hamilton Jordão, gerente agronômico Raízen.
Esse processo apresenta muitos ganhos de produtividade e é incentivado aos produtores por meio do Cultivar, programa que busca gerar valor para os produtores ao incentivar negócios e fomentar o aumento de produtividade nos canaviais dos fornecedores de cana da Raízen. Seja por meio da difusão de conhecimento sobre os principais manejos agronômicos da cana nas Academias de Produtividade ou no desenvolvendo de parcerias com as principais empresas do setor para garantir os tratos do canavial a custos acessíveis via Pool de Compras, o Programa tem como objetivo entregar uma solução integrada aos produtores.
Saymon Freitas, gerente da Ubyfol, empresa parceira do Cultivar na disponibilização de produtos de nutrição complementar, reforça a importância na adoção do manejo entre a primavera e verão, onde sob alta disponibilidade de água, luz e temperatura, os canaviais acumulam quase a metade de toda a massa produzida no ciclo. “Além de estimular maior produtividade do canavial, a complementação possibilita ao produtor um campo muito mais fértil, contribuindo não apenas com melhoria na aplicação de insumos, mas incentivando produtividade em toda a cadeia ao fornecer uma cana mais nutritiva”, afirma Freitas.
Caminhando pro terceiro ano de parceria com o Cultivar, a Ubyfol já conseguiu impactar mais de 130 Mil hectares de produtores parceiros do programa por meio das campanhas de complementação via Pool de Compras, contribuindo para o ganho de produtividade e redução dos custos de produção. A produção de um canavial com mais qualidade também acarreta em uma postergação na necessidade de renovação do canavial, o que certamente refletirá em redução de custos durante todo o ciclo da cultura.
Foto: Unica