Adrienny Trindade Reis*
A manutenção e a sanidade das granjas dependem de ações de biosseguridade para prevenção de doenças animais. O acompanhamento dos desafios sanitários atuais que afetam as granjas deve ser dinâmico e, a partir da identificação dos problemas a campo e estabelecimento de programas de controle específicos para cada propriedade, é proposto um trabalho com a elaboração de vacinas feitas sob medida, conforme os patógenos isolados e caracterizados. Dessa maneira, a composição vacinal e os programas de controle sugeridos atenderão especificamente aos problemas locais.
Essa solução oferece exclusividade desde a identificação do problema até a resolução e implementação desses programas de controle específicos. Ou seja, cada produtor é atendido com vacinas específicas para suas necessidades.
Para determinar de maneira precisa, cepas que afetam a saúde do plantel, após a visita técnica, os animais enfermos são selecionados, eutanasiados e submetidos a necrópsia e exames laboratoriais para identificação dos patógenos presentes. Além dos exames microbiológicos de rotina, são analisados no material coletado testes complementares, como histopatologias, métodos moleculares, antibiogramas/MICs e imuno-histoquímica, visando a conclusão do diagnóstico.
As vacinas autógenas são capazes de combater surtos de doenças emergentes, para as quais não há disponibilidade de vacinas comerciais, seja pela falta de composições similares para as cepas identificadas, ou realmente porque estão indisponíveis.
A produção de vacinas autógenas no Brasil segue a legislação, através da Instrução Normativa n° 31, de 20 de maio de 2003, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que regula produção, controle e comercialização, e a Instrução Normativa n° 13, de boas práticas de fabricação, além de outras legislações auxiliares. Na legislação específica para vacinas autógenas, o controle de qualidade é realizado em todas as partidas do produto final a partir de provas de esterilidade em meios de cultura específicos para fungos, bactérias e mycoplasma, e provas de segurança em camundongos ou cobaias.
Entretanto, é importante ressaltar que as vacinas são apenas parte dos serviços prestados aos produtores, sendo uma das ferramentas necessárias, pois o resultado alcançado depende da soma de esforços e cuidados com biossegurança, e também devido às visitas regulares de acompanhamento, colheita de material, realização de exames laboratoriais e monitorias a campo.
A Ipeve, marca de vacinas autógenas e diagnósticos laboratoriais da Sanphar Saúde Animal, por exemplo, possui equipe de campo experiente e preparada para atuar no segmento de vacinas autógenas, diagnósticos laboratoriais e na elaboração de programas vacinais. Internamente, nossos gerentes técnicos acompanham todo o trabalho executado em cada cliente e também auxiliam por telefone ou a campo, orientando para que seja obtida a melhor conclusão diagnóstica frente às diferentes situações de campo. A parceria com diferentes instituições de pesquisa, inclusive internacionais, também nos possibilita desenvolver linhas de trabalho que tenham aplicação prática, respondendo às perguntas de campo.
*Adrienny Trindade Reis é médica veterinária e gerente de diagnósticos e serviços técnicos-vacinas da Sanphar/IPEVE.