Aplicação de biológicos para tratamento de sementes e combate ao Greening

Presente no Brasil desde 2011, quando iniciou seus primeiros registros, a Koppert Biological Systems anuncia o tratamento de semente industrial à base de fungo e fortalece a divulgação de um bioinseticida lançado em 2018, focado no controle do vetor do Greening, principal doença da citricultura mundial.

“O Trianum DS (Trichoderma harzianum Cepa T22) é o primeiro produto biológico composto por fungo do Brasil que pode ser utilizado no tratamento de semente industrial (TSI)”, informa Danilo Pedrazzoli, diretor industrial da Koppert, destacando que “a semente já tratada facilita a operação, trazendo vantagens econômicas e de produtividade, principalmente para a cultura de soja”.

O produto –  elaborado com a cepa T22, desenvolvida por meio de uma fusão entre as melhores linhagens do Trichoderma harzianum – “é uma exclusividade da Koppert e apresentou nos campos demonstrativos realizados durante a safra 2019/20 redução significativa na incidência e severidade dos patógenos de solo (fungos e nematoides). Além disso, promoveu o crescimento de raiz e parte aérea das plantas, que acarretou um incremento médio de 3,4 sacas/ha nos campos de soja”, reforça Pedrazzoli, listando entre as vantagens do Trianum DS o fato de “apresentar proteção dupla às plantas, pois tem potencial de proteger as raízes de dois patógenos – os fungos e nematoides de solo, que trazem grandes prejuízos aos agricultores se não controlados adequadamente”.

Além disso, “acaba a necessidade que o agricultor tinha de tratar a semente na fazenda com Trichoderma harzianum e plantar logo em seguida, pois, com o Trianum DS o fungo fica viável na semente por até 60 dias após a realização do TSI, quando armazenada em local fresco e arejado”, orienta Marcelino Borges Brito, coordenador de desenvolvimento agronômico da Koppert,.

Greening

Para combater o Greening, a empresa, em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) e o do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), desenvolveu um bioinseticida para controle do psilídeo (Diaphorina citri), inseto vetor das bactérias causadoras dessa que é a principal doença da citricultura mundial e que, em 2019, segundo dados do Fundecitrus, 19% das árvores do cinturão citrícola brasileiro estavam contaminadas.

Lançado em 2018 com o nome comercial de Challenger, o  bioinseticida, além de ter sua eficácia comprovada, dispensa carência, tem compatibilidade com acaricidas e inseticidas e reduz o risco de seleção dos psilídeos resistentes aos químicos. Segundo o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Miranda, em ensaios feitos para o lançamento do produto, após o décimo dia de aplicação do Challenger, nas condições ideais de umidade e temperatura, 80% dos psilídeos morreram.