Selo Mais Integridade: 16 empresas do agronegócio premiadas por boas práticas

No dia 10 de dezembro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) entregou certificado para as empresas ganhadoras do Selo Mais Integridade na edição de 2019. Criado no ano passado, o selo reconhece as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e ainda o comprometimento em inibir a fraude, suborno e corrupção.

Este ano, 16 organizações foram premiadas, sendo que dez delas receberam o selo pela segunda vez. A empresa ganhadora pode usar a marca do Selo Mais Integridade em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações. Em 2018, foram 11 ganhadoras. Por ocasião da cerimônia, o Mapa e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) firmaram acordo para promoção do selo entre as cooperativas.

A ministra destacou que cada vez mais o mercado exige um agronegócio alinhado com boas práticas de integridade. “Ainda mais neste momento em que o Brasil está abrindo mercados no exterior. Há estudos que comprovam que as empresas de todos os setores perdem de 3% a 5% de seu faturamento com fraudes, subornos e atos de corrupção de todo gênero. Temos convicção de que o fomento às ações de integridade, como esta do Selo Mais Integridade, pode ser um diferencial para o futuro do país”, disse.

O chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa, Cláudio Torquato, destacou que o selo não deve ser visto pelas empresas como o fim da busca pela responsabilidade ética na cadeia produtiva. “O dia de agora é de extrema vigilância, pois o selo não é um cheque em branco, mas um alerta diário que as atenções precisam ser redobradas”, afirmou.

A secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), Cláudia Taya, destacou o trabalho do ministério, o primeiro a implementar um selo setorial atendendo ao Programa de Fomento à Integridade do Governo Federal. “No caso da integridade, não há concorrência. Quando os senhores [empresas] ganham, o setor ganha”, afirmou a secretária, que representou o ministro da CGU, Wagner Rosário.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), disse que o país “vive a renovação do contrato de integridade nacional”.

Uma das premiadas foi a Ihara. Segundo o diretor-superintendente da empresa, José Gonçalves do Amaral, o selo é importante por ratificar valores que são trabalhados na rotina da indústria. ” Ética, integridade, responsabilidade social e sustentabilidade são parte da nossa cultura. A prática desses valores é normal dentro da empresa”, disse, acrescentando que entre as ações desenvolvidas pela indústria estão disponibilização de canais de ouvidoria e oferta de cursos de educação para agricultores. 

Para o diretor-presidente da Trouw Nutrition Brasil, Stefan Mihailov, o selo é um diferencial no mundo dos negócios. “Agrega bastante usar o selo e reproduzir para todo o mercado aquilo que estamos fazendo, e que sirva de semente para outras empresas”, disse. 

Participaram da entrega do prêmio o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes; o presidente da OCB, Márcio Lopes; e o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, que representou o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins.

Como é o Selo Mais Integridade – Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que tem programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e promover treinamentos para melhoria da cultura organizacional.

É preciso também estar em dia com as obrigações trabalhistas e não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos, não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais (nos últimos 24 meses).

A documentação dos interessados é analisada pelo Comitê Gestor do Selo, composto por representantes de instituições públicas e privadas, que concede a premiação.

As empresas premiadas em 2019, em ordem alfabética, foram:

  • Adama Brasil S/A
  • Adecoagro Vale do Ivinhema 
  • Baldoni Produtos Naturais 
  • Bunge Alimentos
  • Citri Agroindustrial S/A
  • Compass Minerals América do Sul Indústria e Comércio S/A
  • Grupo Supremo Carnes
  • Grupo Três Corações 
  • Ihara
  • Leão Alimentos e Bebidas
  • Mig Plus Agroindustrial 
  • Pif Paf Alimentos
  • Rivelli 
  • Trouw Nutrition Brasil 
  • Usina Monte Alegre
  • Xingu Agri

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