Balanço do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), executado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, mostram que nos últimos cinco anos foram confirmados no Estado 846 casos positivos, tendo sido realizadas 18.783 fiscalizações em abrigos artificiais (pontes, tubulações de rodovia, bueiros, casas e poços abandonados) e 2.540 fiscalizações em abrigos naturais (tocas, grutas, túneis, minas e ocos de árvores), totalizando 4.799 capturas e 37.772 Desmodus rotundus foram capturados tratados com pasta vampiricidas e devolvidos à natureza.
Para dar conta do PECRH a Coordenadoria, com sua equipe de médicos-veterinários e técnicos agrícolas, realiza o controle dos morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus na zona rural e orienta o produtor sobre os riscos no manuseio com o animal que foi atacado pelo morcego. A Secretaria tem como desafio para 2020/2021 reforçar as ações em educação sanitária visando atingir diferentes públicos e ampliar os trabalhos em conjunto com outros órgãos governamentais; realizar estudos para otimizar as ações das equipes de controle de raiva de herbívoros; treinar e capacitar as equipes com o intuito de aumentar a difusão de conhecimento e formação de novas equipes.
Esses dados foram divulgados pelo médico-veterinário Guilherme Shin Iwamoto Haga, responsável pelo PECRH, durante o XII Seminário de Vigilância e Controle da Raiva, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde e Instituto Pasteur, de 5 a 7 de novembro, em Águas de Lindoia (SP). O objetivo do evento foi o de promover a atualização técnica e científica dos profissionais que atuam na área de vigilância e controle da raiva tanto animal como humana em todo o Estado de São Paulo.
Controle da raiva dos herbívoros – Nas regiões com casos de mordeduras ou mesmo positivos para raiva são realizadas inspeções dos abrigos existentes e já cadastrados e, com o auxilio dos produtores rurais é realizada a inspeção de outros locais indicados, com o objetivo de reduzir o número desses morcegos, evitando-se o ataque aos animais.
Sempre que há um diagnóstico positivo para raiva animal, uma equipe de controle é mobilizada para realizar a inspeção no local do foco e do perifoco (região delimitada de 10 quilômetros da ocorrência).
Ao notar a ocorrência de ataque de morcegos nos animais do rebanho, o criador deve passar a pasta vampiricida ao redor da mordedura como indicado pelo fabricante, vacinar todos os animais do rebanho e informar a Defesa Agropecuária.
Foto de capa: Cruzeiro do Sul