O aumento da subvenção ao prêmio do seguro rural para R$ 1 bilhão, anunciada pelo governo federal, deve favorecer e fomentar a comercialização de seguros rurais no país. O valor é recorde e supera em 44% o montante máximo histórico disponibilizado em 2014, que foi de R$ 690 milhões.
Paulo Hora, superintendente de seguros rurais da Brasilseg, empresa da BB Seguros que responde por 61% desse mercado, acredita que seriam necessários, no mínimo, R$ 840 milhões em subvenção para que o benefício do programa atendesse apenas aos produtores que já contratam seguro agrícola no país, mas que ainda é um volume muito pequeno, se comparado a outros país com esse instrumento consolidado.
“A Brasilseg comemora a importância dada pelo governo ao seguro rural como instrumento de política agrícola no lançamento do Plano Safra. Com R$ 1 bilhão em recursos para utilização no exercício do ano civil, caso realmente seja executado em 2020, veremos a possibilidade de atender a todos os produtores que já se protegem com o seguro e ainda fomentar o crescimento do mercado, buscando a marca de 15,6 milhões de hectares protegidos, conforme projetado pelo Ministério da Agricultura (MAPA), o que seria um crescimento de 46% sobre os atuais 10,7 milhões de hectares abrangidos com o seguro agrícola no país, com e sem subvenção”, destaca o executivo.
Ainda segundo Hora, mais importante que o aumento do recurso ao Programa, outros dois fatores são fundamentais: a revisão constante dos critérios de distribuição, possibilitando acesso de mais produtores de diversos sistemas de produção e regiões do país, e a previsibilidade de recursos, para que o mercado se programe, as seguradoras invistam em estrutura e novos players participem.
Atualmente, o principal público que contrata seguro rural na modalidade agrícola no Brasil são os pequenos e médios produtores, sendo que aproximadamente 74% dos recursos da subvenção estão concentrados nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, assim como a atuação da maioria das seguradoras. A Brasilseg é praticamente a única seguradora a expandir a oferta de proteção ao Centro-Oeste, Norte e Nordeste, regiões que foram muito afetadas por intempéries climáticas nos últimos anos.
“Esperamos que o aumento dos valores disponíveis ao subsídio ao seguro contribua não apenas para ampliar a área coberta em todas as regiões, mas para que o mercado se estabeleça cada vez mais, nesse ramo, contribuindo para a gestão de risco na agricultura, que é fundamental para acesso ao crédito, estabilidade financeiramente ao setor e fomento de boas práticas no campo. As seguradoras, sem dúvida, buscarão ainda mais especialização dos canais de distribuição, qualidade e diversidade dos produtos ofertados e investimento em tecnologia com melhoria dos processos”, diz Hora.
A Brasilseg foi pioneira no produto de faturamento agrícola para soja, milho verão, café e para pecuária, com coberturas de produção e variação de preço das commodities, demanda constante do setor que deverá aumentar ainda mais no próximo ciclo. “Somos a única seguradora que trabalha fortemente essas coberturas de receita, que já fazem parte de 49% dos prêmios de seguros agrícolas para essas três culturas. ”
A companhia seguirá com a estratégia de formação de profissionais, protagonismo em produtos multirrisco e de receita, com ampliação do portfólio, customização das coberturas e utilização cada vez maior de novas tecnologias, a exemplo dos processos digitais e monitoramento de lavouras por sensoriamento remoto, já estabelecidos em suas operações.
No segmento de seguros para o agronegócio, desde 2000 a empresa tem mais de 700 mil produtores com apólices de seguros rurais vigentes, nos diversos ramos em que atua no segmento (máquinas, benfeitorias, vida do produtor rural, agrícola e pecuário). Nos seguros agrícolas, em especial, ao todo são 18 culturas seguradas, em mais de 4 mil municípios atendidos em todos os estados produtores e mais de 17,8 bilhões em capital protegido por safra, espalhados em 7,4 milhões de hectares.
Nesta safra 18/19, a Brasilseg indenizará mais de R$ 1 bilhão aos produtores rurais segurados que sofreram perdas em suas lavouras.