Embora óbvio para quem vive do e no agro, o tema fertilizante ou adubo ainda gera tumulto e, vira-e-mexe, volta à tona, com acusações que comprovam o desconhecimento sobre o assunto.
O professor da Universidade Federal de Lavras, Dr. Luiz Roberto Guimarães Guilherme, uma das principais autoridades em Solos e Nutrição de Plantas no Brasil, é taxativo ao afirmar:“Quando aplicada a fonte correta, na dose correta, no local correto e na época correta, os fertilizantes promovem aumento da produtividade e permitem a produção em larga escala, o que resulta em alimentos de melhor qualidade nutricional. Os nutrientes contidos nos fertilizantes atuam no crescimento mais saudável da planta, visando o maior rendimento das culturas, o que é imprescindível para alimentar uma população mundial que cresce exponencialmente. Quando utilizamos os fertilizantes de modo responsável, conseguimos produzir mais alimentos no mesmo espaço, e com isso, evitamos o desmatamento novas áreas“.
Na mesma linha de argumentação, o Dr. Luís Ignácio Prochnow, Diretor do Instituto Internacional de Nutrição de Plantas (IPNI) – Programa Brasil., destaca que “todo ser vivo necessita de nutrientes para o seu desenvolvimento. São incorporados ao metabolismo para manter o ciclo vital. Portanto, as plantas também precisam de nutrientes, encontrados justamente nos fertilizantes“.
E esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada é a missão da Nutrientes para a Vida (NPV), lançada no Brasil em 2016. Para isso, atua somente com informações embasadas cientificamente, de modo a explicar claramente o papel essencial dos fertilizantes quando fornecidos em quantidades suficientes e nutricionalmente adequadas aos alimentos, visando atender as necessidades nutricionais para uma vida ativa e saudável.
Pesquisas mostram que pelo menos de 17 nutrientes essenciais, configurados em elementos minerais e não minerais, são fundamentais ao crescimento das plantas. Entre os elementos minerais essenciais estão nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, boro, cloro, ferro, manganês, zinco, cobre, molibdênio e níquel; sendo que os elementos não-minerais (elementos captados no ar ou água) são: hidrogênio, oxigênio e carbono.
Dentre os nutrientes minerais, aqueles exigidos em quantidades maiores pelas plantas (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre) são denominados macronutrientes e, como nem todos estão presentes em quantidades suficientes nos diversos tipos de solo, é fundamental a complementação via aplicação de fertilizantes. Com exceção do N (nitrogênio),proveniente na atmosfera, todos os macronutrientes são derivados de minerais presentes no solo.
