Rally de Produtividade chega à quarta edição com novidades

Como aconteceu nas últimas três safras, a Cocamar, de Maringá (PR), deu início ao Rally Cocamar de Produtividade. A primeira etapa foi realizada em 17 e 18 de outubro, tendo se iniciado pelo entorno de Maringá, pelos municípios de Ourizona, São Jorge do Ivaí e Ivatuba, seguindo para a região de Londrina, mais especificamente para Alvorada do Sul, Primeiro de Maio, Sertanópolis e Sertaneja. A finalidade da iniciativa é conhecer e difundir as boas práticas realizadas por produtores cooperados, seguindo orientação da cooperativa, para o aumento da produtividade das lavouras.

Mas, nesta quarta edição, o Rally Cocamar de Produtividade apresenta uma novidade importante. Trata-se de parceria com a Embrapa Soja, para a realização de um trabalho inédito no Brasil: análise da capacidade de infiltração de água em solos de propriedades rurais. A parceria começou em 22 de outubro e se estenderá pelos próximos 40 dias, período em que serão visitadas propriedades em várias regiões do Estado para análise de diferentes tipos de solos. Como explica Rogério Recco – coordenador do Rally – “não há conhecimento de que um trabalho tão amplo assim tenha sido feito”.

O clima teve papel importante para o sucesso da ação, com uma semana chuvosa, que colaborou com a semeadura. Como explica engenheiro agrônomo Lucas Pastre Dill, da unidade da Cocamar em Alvorada do Sul, “havia mais de 15 dias que os produtores tentavam semear, para aproveitar o clima favorável ao desenvolvimento da lavoura, mas não avançavam justamente por causa das chuvas No sábado e no domingo, as plantadeiras voltaram a trabalhar”. Exemplos são os cooperados Eduardo Martini e Eugênio Miguel. O primeiro já havia semeado 15% de suas terras e, o segundo, nem um grão ainda. “Não existe motivo para preocupação, por enquanto, aqui até 15 de novembro está bom para plantar”, afirmou Martini, que diz precisar de mais uns dez dias de tempo favorável para concluir a operação. Para estruturar o solo, ele começou a investir em braquiária na entressafra, orientado pela cooperativa, na busca por aumento de produtividade. “O desafio regional é impulsionar as médias, que estão estagnadas”, lembra o produtor, que tem alcançado cerca de 150 sacas/alqueire (61,9/hectare). No município, a média varia entre 120 e 130 sacas/alqueire (49,5 a 53,7/hectare). Já Miguel tem conseguido 145 sacas/alqueire (59,9/hectare).

No mesmo município, o cooperado Murilo Correia Franco começava a semear mais um talhão no final da manhã do dia 18, utilizando sementes Cocamar. Dos 217 alqueires (525 hectares), 30 estavam semeados. Desde 2013, ele começou a converter áreas de cana para a cultura de soja, investindo na correção do solo. Orientado pela Cocamar, Franco tem reduzido a quantidade de sementes por metro linear, ampliando assim o espaçamento entre as plantas de 45 para 50 cm, o que possibilita maior engalhamento. “A germinação das primeiras lavouras tem sido muito boa e uniforme”, afirmou Franco, informando que a média de produtividade de sua fazenda oscila entre 145 e 150 sacas/alqueire (59,9 a 61,9/hectare).

Já em Primeiro de Maio, até o dia 18, somente 25% da área de soja haviam sido semeados, quando a expectativa, para essa época, era de 50%, segundo dados da unidade local da Cocamar. Os trabalhos começaram em 25 de setembro e não avançavam porque vinha chovendo seguidamente, tornando o solo muito úmido. Situação semelhante foi detectada em Sertanópolis e no distrito de Warta (município de Londrina). Segundo o gerente das unidades, Paulo César Damião, respectivamente, apenas 40%, de uma previsão de 70% para a época, e 30%,correspondente a metade do esperado para o período,  haviam sido concluídos.

Diferentemente de Franco, os irmãos Paulo e Cleber Tonin, que possuem lavouras em desenvolvimento, foram beneficiados pelas chuvas. Grande parte dos seus 37 alqueires (89,5 hectares) já está semeada (o primeiro lote ficou pronto em 7 de outubro) em área onde a Cocamar, após análise de solo, orientou a correção do solo com a incorporação de 4 toneladas de calcário calcítico.

O engenheiro agrônomo Lucas Colabone Siqueira, da Cocamar, ressalta a importância desse momento atual para o sucesso da safra, pois “70% dos custos do produtor estão concentrados na semeadura, por isso é necessário caprichar no serviço para ter um bom começo e explorar todo o potencial produtivo da lavoura. Além disso, é preciso usar sementes de boa qualidade, como as produzidas pela cooperativa, que passam por tratamento industrial com micronutrientes, inseticida e fungicida”.

O Rally Cocamar de Produtividade seguirá até o final da safra 2018/2019, com o patrocínio das empresas Basf, Ford Center e Spraytec (máster); Agrosafra, Cocamar TRR, Estratégia Ambiental, Sancor Seguros, Sicredi e Texaco Lubrificantes, além de apoio da Unicampo, Cesb e Aprosoja-PR.

 

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