A modernização das lavouras e a utilização cada vez constante de equipamentos não fabricados no Brasil, como colheitadeiras de algodão e tratores de alta potência, está aumentando as importações de máquinas para agricultura. Essa afirmação foi feita pelo presidente do Conselho de Administração da Abimaq, João Carlos Marchesan, por ocasião da divulgação dos dados do setor de máquinas e equipamentos referente a agosto de 2018. Nesse segmento, segundo os dados levantados pelo Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, em agosto, nenhum setor importou tanto quanto o agrícola. Com isso, acumulado do ano subiu 38,8%, em agosto de 2018 comparado a 2017; em relação ao mês anterior, houve queda de 9,3%. As exportações desse segmento têm participação de 9,8% no total, somando alta de 35,3%, em agosto.
Os indicadores conjunturais da indústria brasileira de bens de capital apresentados em coletiva de imprensa na Abimaq, em 25 de setembro, mostram que, de janeiro a agosto, a receita líquida aumentou 5,9%, movimentando R$ 49,7 bilhões, com agosto respondendo pelo volume superior a R$ 7,2 bilhões, 11,9% superior ao do mesmo mês em 2017. As exportações, por sua vez, que respondem por receita próxima a US$ 6,7 bilhões apenas nos oito primeiros meses do ano, com evolução de 18% no acumulado do ano sobre 2017, em agosto cresceram 68,5% e, quando comparado ao mesmo mês no ano passado, o resultado é 41,6% superior. Esses números levam a Abimaq a estimar receita originada de vendas no mercado internacional em 2018 acima dos US$ 10,3 bilhões, contra US$ 9 bilhões em 2017.
No que diz respeito às importações como um todo, de janeiro a agosto de 2018, foi registrada alta na entrada de máquinas e equipamentos no Brasil em todos os setores e elevou sua participação no mercado doméstico para 61%. Considerando especificamente agosto, houve decréscimo de 6,1% em relação a julho de 2018 e elevação de 19,8% sobre agosto de 2017, com crescimento de 18,3% sobre o mesmo período do ano anterior.
