Adubo ou Fertilizante? Esses termos são sinônimos. Na realidade são uma espécie de ração usada para simplesmente alimentar as plantas.
As plantas têm quatro necessidades vitais para crescer: elas precisam de luz, água, um solo para desenvolver suas raízes e nutrientes. Quando estes últimos estão presentes no solo, tudo vai bem, mas quando os nutrientes se esgotam, acabam, você deve repô-los.
As perdas de nutrientes por diversos processos e a exportação pela colheita, favorecem o esgotamento dos nutrientes no solo. Como resultado, torna-se necessário fornecer suplementos de nutrientes. Estes suplementos são chamados de adubos ou fertilizantes. As quantidades a aplicar são de acordo com as necessidades específicas de cada planta. Isto porque uma laranja não tem as mesmas necessidades que uma roseira ou uma orquídea.
Existem três tipos diferentes de fertilizantes: minerais, orgânicos e organominerais. Os fertilizantes minerais são compostos por substâncias de origem mineral, assim produzidas pela exploração de depósitos naturais de diferentes rochas.
Estes fertilizantes contêm os nutrientes primários NPK, nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K). Dependendo da concentração, podem ser mais ou menos nitrogenados, fosfatados ou potássicos e, portanto, atendem às diferentes necessidades nutricionais das plantas que, como já dito, não são as mesmas.
As plantas que precisam mais de nitrogênio (N) são aquelas que essencialmente produzem folhas como, por exemplo, vegetais folhosos (espinafre, alface, etc.), gramados, plantas verdes de interior, bambu e outros arbustos com folhagem decorativa.
Requerem mais fósforo (P) principalmente plantas com flores e frutos, mas também sementes de hortaliças, como ervilhas e lentilhas. Já as que pedem mais potássio (K) são arbustos floridos, árvores frutíferas, bulbos, raízes e rosas.
Fertilizantes do tipo mineral são concentrados e são facilmente assimilados pelas plantas. Eles não são feitos para alimentar o solo, mas para melhorar a fertilidade do solo para nutrir adequadamente as plantas.
E fertilizantes orgânicos? Estes são de origem animal ou vegetal, e às vezes ambos. Resíduos orgânicos de origem animal geralmente vêm de resíduos industriais. Alguns exemplos de resíduo orgânico de origem animal: húmus de minhoca, esterco, farinha de ossos, guano (excremento de aves).
Os resíduos orgânicos de origem vegetal são oriundos da compostagem de plantas, algas ou preparações como esterco, entre outros.
Também conhecido como “adubo verde” algumas plantas são cultivadas e depois cortadas no próprio local de cultivo. Através da decomposição, liberam minerais em profundidade graças ao seu importante sistema radicular, outras liberam nutrientes para outras plantas enquanto favorecem a microbiologia do solo.
Os fertilizantes orgânicos promovem a rápida multiplicação da microflora do solo. Eles não são imediatamente assimiláveis pela planta porque primeiro precisam ser transformados em íons minerais pelas bactérias do solo. Na verdade, você enriquece o solo para promover o bom desenvolvimento das plantas.
Por fim, os fertilizantes organominerais são compostos de substâncias minerais, bem como de substâncias orgânicas de origem animal ou vegetal. É, portanto, uma mistura de fertilizantes minerais e fertilizantes orgânicos, ou seja, têm um efeito complementar. Os elementos minerais disponibilizarão rapidamente nutrientes às plantas, e os elementos orgânicos enriquecerão o solo para fornecer nutrientes em um segundo momento.
Existem várias formas de fertilizantes, mas o objetivo é sempre o mesmo: alimentar as plantas. Trata-se de um cuidado vital!
*Valter Casarin é engenheiro agrônomo Valter Casarin,
consultor científico da NPV (Nutrientes para a Vida)