A Phibro Saúde Animal debate a caracterização molecular das vacinas contra a Doença de Gumboro (IBD) – um dos mais importantes e prevalentes problemas da avicultura brasileira – em um webinar técnico que acontecerá em 17 de novembro, às 17:30 horas. O evento digital sobre um dos mais complexos programas de imunização do setor é gratuito e contará com palestra de André Fonseca, diretor executivo da Simbios Tecnologia. As inscrições podem ser feitas pelo site.
O vírus da IBD acomete um importante órgão linfoide primário, a Bolsa de Fabricius, e sua infecção compromete a resposta imune mediada pelos linfócitos B e produção de anticorpos. Como resultado, após infectadas, as aves tendem a desenvolver algum grau de imunossupressão, provocando disfunção da resposta imune e abrindo as portas para a ocorrência de diversas doenças. O problema é que esse vírus tem evoluído ao longo dos anos, exigindo uma constante inovação nas soluções para o programa de imunização.
“Neste contexto, a mera informação da presença do vírus de Gumboro num plantel aviário é insuficiente para definir o risco que o vírus representa ou o status de proteção vacinal, sendo necessária a caracterização molecular, capaz de distinguir cepas e suas porções, estabelecendo prevalências no plantel e cargas virais de cada ave, conformando relações epidemiológicas e filogenéticas, e garantindo o melhor prognóstico de proteção e produtividade”, explica André Fonseca, mestre em microbiologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A gerente de negócios biológicos da Phibro, Eva Hunka, destaca ainda algumas variantes do vírus da Doença de Gumboro. “Na forma clássica, há quadros de imunossupressão severa e perda de desempenho zootécnico. Há ainda formas muito virulentas, com mortalidade bastante elevada. Aqui na América do Sul, temos uma variante específica, que aparece quase que de forma assintomática, com uma imunossupressão mais discreta, e apesar disso, impede a ave de expor o seu máximo potencial genético.”
Assim como o vírus tem se transformado, as vacinas também têm evoluído. Como as cepas clássicas já não eram capazes de proteger contra os diferentes tipos de vírus, a ciência buscou novas formas de imunização, com vacinas compostas por grupos moleculares distintos, que serão debatidos no webinar. Atualmente, o exemplo mais eficaz é o da cepa MB, que apresenta alta performance e eficácia no controle de Gumboro. Essa cepa está presente na vacina MB-1, produzida pela Phibro e disponível ao mercado brasileiro.