Estudo divulgado pela Universidade de São Paulo aponta uma relação positiva entre vegetação e saúde. Quanto mais verde tem uma região, as chances de morte não-acidental, principalmente câncer e doenças respiratórias, caem em 20%. O resultado coloca em evidência a necessidade de se cuidar das áreas verdes urbanas, desde as pequenas reservas, aos parques e jardins. Nessa hora, entra em cena o engenheiro agrônomo, cuja área de atuação não se restringe ao campo.
O profissional celebra o Dia Mundial do Engenheiro Agrônomo em 13 de setembro. De acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), no Brasil existem 108.981 engenheiros agrônomos registrados. No Estado de Goiás são atualmente 11.729 profissionais com o registro ativo no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-GO).
O engenheiro agrônomo Elton Carlos Gonçalves desempenha sua atividade na área urbana de Goiânia, dentro do condomínio horizontal Aldeia do Vale. Lá, ele atua como supervisor técnico do Núcleo de Paisagismo e Meio Ambiente da Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva), sendo responsável por toda as atividades de manejo das áreas verdes de uso comum – áreas de lazer, canteiros centrais de avenidas e alamedas, portarias – além de orientação técnica aos moradores sobre seus jardins.
“Do mesmo jeito que temos de cuidar da terra voltada para a produção de alimentos, temos de cuidar da terra para que nela floresça plantas vistosas e bonitas, tão necessárias para humanizar as cidades e garantir nossa qualidade de vida”, comenta ele. No Aldeia do Vale Elton coordena uma equipe de 21 pessoas, as quais cuidam dos 1.500.000 m² de área verde e dos 18 lagos do condomínio horizontal.
Diversos segmentos – O engenheiro agrônomo é um exemplo de atuação em diversas áreas que a profissão permite trabalhar. “Trabalhei na Secretaria de Meio Ambiente de Guarulhos (SP) com manejo de áreas verdes urbanas, onde desenvolvia atividades com arborização urbana (plantios, podas, remoções e transplantes de árvores), educação ambiental, paisagismo e formação profissional de jovens e adultos como instrutor. Depois fui trabalhar na capital em uma das maiores empresas de paisagismo do país. Em 2014 recebi uma proposta de trabalho irrecusável de uma multinacional alemã para trabalhar em Trindade, onde atuei até 2018 como pesquisador de campo, mas sempre levei comigo o amor pelo manejo de áreas verdes urbanas e paisagismo. Foi então que decidi voltar a atuar nesta área novamente e surgiu a vaga no Aldeia do Vale”.
Ele avalia que a capital goiana tem um mercado de trabalho muito promissor na área, mas a concorrência é grande. “Por isto a especialização e experiência são importantíssimas”, diz. Para quem pensa em se tornar agrônomo, Elton orienta. “A dica principal é sempre fazer o que gosta e nunca pensar somente no dinheiro, pois sendo um bom profissional, procurando se reciclar com especializações, o sucesso é garantido. Apesar do agronegócio ser forte em nosso país, temos que nos atentar também para as pessoas e com a área ambiental, com seus recursos naturais como a água, o solo e as florestas”, ressalta sobre a profissão.