Vinicius Cunha*
Parte delicada e importante no ciclo de cultivo, a pulverização acontece diversas vezes desde as etapas de preparo da área para o plantio até o momento da colheita. Se avaliarmos o plantio de soja, por exemplo, essa ação pode ter mais de cinco repetições durante o ciclo produtivo, dependendo da região do País e do manejo adotado na fazenda. Já no caso do algodão, em torno de vinte vezes. Isso é necessário por muitas questões, mas principalmente em função da presença de plantas daninhas, pragas e doenças. Além disso, é necessário que o produto atinja adequadamente o alvo e seja eficaz no controle a que destina, de modo a garantir o crescimento saudável e sucesso da colheita.
Mas antes de iniciar cada operação de pulverização é preciso estar ciente que as questões meteorológicas são primordiais para obter qualidade nesta operação. Estudos práticos de campo realizados pelo time da Massey Ferguson demostraram o quão importante é se atentar à umidade relativa e temperatura do ar, não podendo ser menor que 65% e superior a 30oC, respectivamente, para evitar questões relacionadas a evaporação do produto.
Além disso, é necessário também cuidados com a velocidade e sentido do vento. Ventos acima de 10 km/h estimulam o processo de deriva, que leva o defensivo aplicado para longe do alvo, também reduzindo a qualidade e podendo ocasionar problemas maiores, como a fitotoxicidade, reação tóxica que prejudica o cultivo ou mesmo lavouras vizinhas.
Para auxiliar os agricultores nessa tarefa, os pulverizadores Massey Ferguson, que já são equipados com um terminal completo, podem receber a adição de um monitor que recebe dados meteorológicos em tempo real, fornecendo informações precisas e de qualidade ao produtor para melhorar as pulverizações e o seu impacto na produtividade das lavouras e sustentabilidade do ambiente.
Por meio do computador de bordo na cabine do pulverizador com a solução de módulo climático da Solinftec, o produtor rural capta informações advindas de uma estação meteorológica instalada inteligentemente dentro da fazenda. Com essas informações é possível planejar o melhor horário de cada pulverização e saber o momento exato de encerrá-la, quando as condições acima citadas estiverem inadequadas.
Somada a isso, a tecnologia embarcada nos pulverizadores da Massey Ferguson também permite maior estabilidade da altura da barra de pulverização, mantendo uma alta qualidade de acordo com a topografia do terreno. Ainda, de acordo com os estudos de campo da marca, a altura correta da barra de pulverização tem também efeito direto na qualidade da operação, para que toda a planta receba a deposição uniforme do produto.
No caso específico estudado, a quantidade de pulverização que atingiu a parte crítica da planta aumentou consideravelmente usando uma altura de 55 cm, em comparação com altura de 105 cm. O alcance desses resultados a campo foi possível através da coleta em papel sensível a água, que mede a qualidade da operação em diferentes alturas da planta. No fim de cada aplicação, foi possível verificar qual altura ideal da barra do pulverizador para realizar uma operação com mais qualidade.
Por meio da tecnologia de sensoriamento, presente nos pulverizadores da Massey Ferguson, o produtor não mais necessita fazer aplicações com a barra em uma altura acima da recomendada, com o intuito de evitar que atinja o chão e sofra danos. Ele pode configurar a altura da barra para trabalhar dentro da altura recomendada de acordo com a ponta de pulverização utilizada, o que melhora em muito o resultado atingido.
A junção do monitoramento meteorológico com a tecnologia de manutenção da barra na altura desejada, entrega ao produtor uma solução completa para o sucesso no controle das diferentes pragas e doenças da lavoura. O produtor rural ganha em rentabilidade e a cultura atinge altos patamares de qualidade, em linha com a produção brasileira que é uma das melhores do mundo.
*Vinicius Cunha é coordenador Farm Solutions da AGCO América do Sul
Foto: Divulgação Massey Ferguson