Tomando por base estudo publicado em 2014 pelo Professor Laerte Grisi e colaboradores na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, baseados em dados estimados com base no número total de bovinos em situação de risco parasitário no País, somente os nematódeos gastrintestinais (verminoses) podem ser responsáveis por perdas econômicas potenciais de até US$ 7 bilhões anuais, e somando outras causas também listadas no estudo, como Carrapato Bovino, US$ 3,2 bilhões; Mosca-dos-chifres, US$ 2,6 bilhões; Berne, US$ 383,5 milhões; Bicheira (miíases), US$ 336,2 milhões; e Mosca-dos-estábulos, US$ 335,5 milhões, o valor rapidamente se aproxima dos US$ 14 bilhões, garante Antonio Coutinho, gerente de produtos de ruminantes da Boehringer Saúde Animal.
Esses números ganham ainda mais expressão quando se considera que, juntas, a pecuária de corte e a de leite movimentam mais de US$ 25 bilhões por ano, somente dentro das fazendas. “Estes valores mais que triplicam se somados os segmentos ligados à indústria e à comercialização de carnes e lácteos”, comenta Coutinho, frisando que, os parasitas nos bovinos – ao contrário dos parasitas externos, mais facilmente detectáveis visualmente – propagam-se de maneira mais silenciosa, dificultando o controle sanitário. “Os vermes podem se manifestar nas formas clínica e subclínica. Até 98% dos casos de parasitas são decorrentes de verminoses subclínicas, que podem impactar o ganho de peso dos animais em 30 a 60 kg/ano, além de retardamento da puberdade de novilhas, menor número de crias, redução da produção de leite e aumento da idade de abate, prejudicando a qualidade das carcaças”, informa o gerente de produtos de ruminantes da Boehringer Saúde Animal.
Além disso, as verminoses gastrintestinais subclínicas podem prejudicar os índices produtivos dos bovinos, causando até 20% de redução no tempo de pastoreio, 17% de ingestão de forragem e 19% de ganho de peso vivo, afetando consideravelmente a produtividade do rebanho.