Profissionalizar o setor cervejeiro da região de Brusque, onde há diversos produtores caseiros. Esse é o objetivo da Cooperativa Cervejeira Sul-Brasileira (Cocersul), que surge com investimento inicial de R$ 500 mil, divididos em 200 cotas no valor de R$ 2,5 mil cada.
Informações fornecidas pelo Núcleo de Cervejeiros Artesanais de Brusque (Nucervarte), vinculado à Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque (Ampebr) dão conta de que um quarto dessas cotas já foram vendidas.
Pioneira no segmento na região sul do Brasil, a Cocersul foi oficialmente anunciada em 24 de outubro, como resultado do planejamento de mais de 30 sócio-fundadores, vinculados ao Núcleo de Cervejeiros Artesanais de Brusque e Região (Nucervarte), que há um ano e meio são associados à AmpeBr.
“O objetivo, enquanto Núcleo, era de atender e organizar o setor. Neste período percebemos a dificuldade que é empreender e montar o próprio negócio, porque o ramo cervejeiro exige muita burocracia e investimento. Então pensamos que, através de uma cooperativa, será possível atender o nanocervejeiro que está em casa produzindo, mas que sonha em crescer neste mercado”, afirma o coordenador do Nucervarte, Cícero Klas.
Há cerca de dois meses uma empresa especializada em cooperativas foi contratada e presta assessoria para a execução do negócio, inédito nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Existem cooperativas cervejeiras instaladas no Brasil, como a Cooperbreja, em Ribeirão Preto (SP). Mas o projeto será inédito no sul do país, exatamente onde se investe mais na fabricação de cerveja artesanal. O crescimento do mercado é exponencial. Só nesse ano foram abertas 180 cervejarias e a principal produção vem destes três estados”, destaca Cícero.
A principal função da cooperativa será de prestar serviço nas etapas de produção e venda da cerveja artesanal, bem como de oferecer assistência técnica através de profissionais habilitados. Com um investimento inicial de R$ 500 mil, estão disponíveis 200 cotas no valor de R$ 2.500 e, pelo menos, ¼ deste montante já foi vendido.
De acordo com Cícero, neste momento é importante captar recurso, mesmo de pessoas que não têm interesse em produzir cerveja, mas estão dispostas à investir no setor. “Além da formalização dos cooperados, esta primeira fase é marcada pela implantação e regularização da cooperativa. Vamos definir o Estatuto, contrato, CNPJ, aluguel de sala, entre outros. Depois passamos para a segunda fase, com a elaboração do Regimento Interno e planejamento estratégico, financeiro, mercadológico e operacional. Todos os passos serão aprovados em Assembleia. A expectativa é que o tramite se estenda por 180 dias”, detalha Klas, comentando que quanto antes for possível ampliar o quadro de associados, mais rápida será a execução do projeto que, por Lei Federal, é destinado inicialmente apenas para Pessoa Física.