Comércio de máquinas usadas tem leilões como alternativa crescente

Estudo desenvolvido pelo o Grupo Via Máquinas (GVM) sobre o mercado de máquinas e equipamentos agrícolas usados, em parceria com uma empresa do grupo, a Via Consulti, mostra que as vendas de máquinas no setor agro podem ser divididas em três grupos: vendas diretas para o cliente sem intermediário, correspondente a 15% do total; vendas diretas para os clientes, com intermediário, 20%; e vendas trade-in, em que o maquinário usado entra como parte de pagamento do novo, que é 65% do mercado. Desses 65% que vão para os distribuidores, afirma Kozar, 40% são comercializados em vendas balcão, via equipe comercial do distribuidor; 20% são comercializados em repasse, sem necessidade de o equipamento ir ao pátio do distribuídor; e 5%, em leilões, atividade em que o GVM se destaca com leilões on-line promovidos pela Usadão Máquinas.

Como explica Marcelo Kozar, diretor do GVM, “para o levantamento, utilizamos a base de dados do GVM, uma empresa 100% digital que tem como base da companhia o desenvolvimento de softwares e, há 15 anos trabalha fornecendo múltiplos produtos e ferramentas digitais para os mercados de máquinas agrícolas, construção civil, seguros e análise de mercado. “

A empresa Leilão Usadão Máquinas, por exemplo, “forneceu dados comerciais a respeito dos equipamentos vendidos entre o período de 2019 e 2024; o braço digital da Via Máquinas, GVMTECH, disponibilizou dados a respeito dos equipamentos cadastrados em nosso CRM pela rede de distribuidores conveniados no período de 2019 à 2024; a empresa Via Consulti contribuiu com dados históricos a respeito da evolução dos preços entre o período de 2019 e 2024. Assim, o estudo detalhado destes dados, utilizando técnicas estatísticas e processamento avançado com tecnologia de Inteligência Artificial, deram amparo para a elaboração desta análise mercadológica. Nossa equipe iniciou com uma análise detalhada de inteligência de mercado, cujo objetivo foi compreender os requisitos apresentados e assegurar a transparência nas operações e na estrutura disponível. A partir das informações obtidas, foi desenvolvida uma projeção matemática e estatística de preços, com o objetivo de visualizar o cenário do mercado de máquinas e equipamentos usados para os anos de 2025 e 2026. E mais: consideramos uma margem de erro estimada em 5% para mais ou para menos”, explicita Kozar.

Diferentemente do que acontece com máquinas novas, a comercialização de máquinas usadas encontra no financiamento um gargalo que é vencido pela prática de “o distribuidor atrelar o pagamento do equipamento usado ao financiamento do novo e assumir totalmente o risco caso ocorra uma inadimplência”, sinaliza Kozar, explicando que,  “além do financiamento pelo caixa do distribuidor, existem algumas ações com consórcios, que podem ser uma alternativa viável, embora ainda muito modesto em comparação ao que o mercado realmente necessita.”  O executivo informa que há tentativas do sistema financeiro de adentrar neste seguimento, mas “sem sucesso, uma vez que por falta de conhecimento no segmento acabam inviabilizando as linhas com garantias, taxas e juros desproporcionais ao risco.”

Por outro lado, a venda em leilão, que vem conquistando espaço no mercado de usados, “é sempre uma negociação à vista, em que o arrematante pode usar um credito que ele tenha para realizar o pagamento. Nestes casos o leilão recebe um sinal de negócio e aguarda o tempo que o comprador necessita para liberar os recursos oriundos de financiamento, em média este processo leva em torno de 20 dias”, detalha Kozar, e frisa: “O Grupo Via Máquinas realiza, em média, oito leilões por mês, totalizando 96 eventos ao ano, e comercializa aproximadamente 150 equipamentos mensais. Atualmente, 60% da rede de distribuidores de máquinas do país utiliza as soluções do grupo para a venda de seus ativos. Com esse portfólio diversificado, o Grupo Via Máquinas se consolida como um dos mais relevantes agentes do agronegócio brasileiro, oferecendo soluções integradas que vão de leilões e comércio de máquinas até seguros, pesquisa de mercado e comunicação especializada para o setor.”

Esse conglomerado catarinense em plena ascensão, é formado por seis empresas próprias, presença em diversos estados brasileiros (SC, PR, SP, RS, MT, BA, RO, DF e MG). A mais recente iniciativa – que corresponde ao sexto braço da empresa – relaciona-se ao ingresso no mercado editorial do agronegócio, por meio de sociedade firmada com a Editora Centauros, marcou a entrada da sexta empresa no portfólio, ampliando ainda mais a atuação do grupo no setor, com A Granja Digital. As demais empresas do grupo são Via Máquinas, especializada em leilões de equipamentos agrícolas e pesados; Via Varejista, dedicada à compra e venda de máquinas; Via Consulti, focada em pesquisa e ciências sociais aplicadas ao mercado de máquinas e equipamentos; Via Conseguros, especializada em seguros voltados ao agronegócio; Usadão Máquinas, leilão oficial on-line exclusivo para equipamentos pesados no Brasil, conduzido pelo leiloeiro Rubens H. Castro, em caráter oficial e exclusivo para o grupo.

Foto: Usadão Máquinas