Imagens de satélite que permitem medição da quantidade de água no solo embasam seguro climático dos cafezais disponibilizado gratuitamente pela alemã DVA Agro aos usuários da solução Mais Café, desenvolvida em parceria com a empresa holandesa VanderSat e uma seguradora.
Bruno Francischelli, engenheiro agrônomo e coordenador de marketing da DVA no Brasil, informa que o seguro agrícola climático “soma-se aos inovadores fertilizantes que a DVA traz para o Brasil. Nenhuma empresa de insumos, nunca tinha oferecido um pacote de produtos, com o seguro climático incluso, ainda mais, sem o produtor ter que pagar nada a mais por isso”.
A intenção da DVA é estender o pacote tecnológico para outras culturas, mas no momento o foco é a consolidação do Mais Café, programa composto por fertilizantes que vão suprir toda a necessidade dos cafezais de estímulo e micronutrientes. “Nós precisamos aprender com ele, sentir do próprio agricultor. Por ser algo inédito precisamos explicar bem todos os detalhes que toda a produção dele, nós estamos assegurando com o nosso custo. É uma parte pequena, mas já é um grande começo”, acrescenta o engenheiro agrônomo.
“Quando medimos a umidade do solo, temos um dado muito importante e eles têm uma leitura em tempo real que abastece um banco de dados com um histórico de 20 anos”, reforça Francischelli, explicando que “a solução funcionará de forma muito segura e objetiva. Há uma curva de umidade do solo, do ano inteiro, quando se nota uma variação daquela curva, o seguro é acionado. Ao mesmo tempo, o produtor pode acompanhar pelo seu computador, o quanto de umidade está constando no solo de seus cafezais. Quando essa indicação cai drasticamente ele vai ser reembolsado pelo seguro”.
A seguradora – cujo nome não é informado pela DVA – calculará o seguro paramétrico com base nas imagens coletadas pela VanderSat, que medem “município a município, e se for preciso podem aferir até hectare por hectare. É um dado muito mais específico”, agrega o engenheiro agrônomo.
“Com essa solução, o produtor não ficará refém de uma ferramenta apenas que é o seguro agrícola convencional, a única opção até então para o risco climático”, destaca Francischelli.“Além de ser muito caro, o Governo precisa pagar uma parte desse seguro, a qual chamamos de subvenção. Neste pacote tecnológico que estamos oferecendo, de forma inédita aos produtores de cafés, quem está fazendo essa subvenção, mas de forma integral é a DVA, pois os cafeicultores não pagarão nada a mais por isso”, assegura.
Outro benefício lembrado pelo coordenador de marketing da DVA é que a empresa está agregando um serviço “aos insumos que tradicionalmente os produtores já precisam comprar, permitindo que os produtores possam manejar seus riscos, gestão essa que é o nosso objetivo, pois é algo que o cafeicultor normalmente não se atenta e nós, como DVA, fortalecemos esse conceito”.