O Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), durante o 5º Congresso Brasileiro de Direito do Agronegócio, em 31 de março, prestou uma homenagem à economista Elizabeth Farina, uma referência no setor agroindustrial. Professora sênior do Departamento de Economia da FEA-USP, Farina se destacou por sua docência e pesquisa nas áreas de Economia da Regulação, Antitruste e Sustentabilidade. Sua contribuição ao estudo da Teoria Econômica aplicada à ordem jurídica foi de grande relevância nos últimos anos.
A saudação foi conduzida por Marcos Jank, professor de Agronegócio do Insper, coordenador do Insper Agro Global e membro do Conselho Curador do CBDA, juntamente com Renato Buranello, presidente do IBDA.
Buranello destacou a imensa contribuição de Farina na criação de um novo paradigma para a compreensão do sistema agroindustrial. Segundo ele, o estudo que integra direito, economia e organização ainda era incipiente no Brasil, e Farina foi pioneira ao liderar o conhecimento e fomentar o diálogo sobre o tema.
“Ela desenvolveu os fundamentos essenciais para a disseminação contemporânea desse conhecimento e impulsionou a criação de novas políticas públicas. Sua atuação moldou uma nova forma de pensar o agronegócio”, afirmou Buranello.
Marcos Jank complementou ressaltando que Elizabeth Farina construiu um legado expressivo em diversas áreas do conhecimento, deixando sua marca em cada experiência acumulada ao longo da carreira. Como estudiosa do mundo agrícola, consolidou uma trajetória sólida e diversificada, influenciando significativamente diferentes segmentos do setor.
Farina foi uma das primeiras a tratar o agronegócio como um sistema integrado, em uma época em que essa visão ainda não era amplamente discutida. Sua contribuição abrange temas como contratos, defesa econômica, concorrência e governança, introduzindo novos conceitos, termos e metodologias. Sua atuação se estendeu por organizações não governamentais, aprofundando-se em temas como clima e sustentabilidade, além de ter passado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e pelo setor privado.
“Ela não apenas possui uma visão teórica, mas também prática sobre esses temas. Além de tudo, é um ser humano notável e especial para todos nós”, acrescentou Jank.
Emocionada, Elizabeth Farina agradeceu a homenagem e refletiu sobre sua trajetória. “Tive o privilégio de acompanhar de perto a transformação do agronegócio brasileiro. De um setor visto como conservador, ele se consolidou como um dos pilares da economia, impulsionado por inovação, tecnologia e produtividade. O mais importante, no entanto, foi contar com pessoas determinadas a fazer acontecer”, afirmou.
Para ela, sua maior contribuição foi provocar reflexões e desafiar o status quo em um período em que ainda não se falava em agribusiness no Brasil.
O GestAgro 360° é parceiro de mídia do evento.
Foto: Gerardo Lazzari
