Agregar valor à produção do agronegócio brasileiro é um desafio presente em todas as atividades do setor, que tem passado por intensas mudanças quanto ao consumo e à produção nos últimos anos. Nesse sentido, a 3ª edição do Youth Agribusiness Movement International – YAMI traz o tema para o debate, na mesa-redonda do segundo dia do evento.
Temas como a legislação ambiental, gestão sustentável, geração de valor e sucessão serão foco do painel do evento, que será promovido nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em Digital Experience, das 16h30 às 18h.
“Nosso objetivo com essa mesa-redonda é levar mais informações aos jovens que já atuam ou se preparam para ingressar no setor. No mercado atual, a originação de alimentos e matérias-primas agropecuárias está totalmente vinculada ao valor real e percebido das mercadorias. Entendemos que a agregação de valor é o que permitirá ao país dobrar o agro de tamanho e será refletida em todos os elos da cadeia produtiva. Por essa razão, nossa programação evidenciará o papel do jovem como protagonista desse movimento”, pontua a Show Manager do evento, Carolina Gama.
Para a advogada e especialista em agronegócio, Ticiane Figueiredo, que será a moderadora do painel, o setor está preparado para o processo de agregação de valor à produção, mas precisa melhorar sua comunicação com o mercado. “Precisamos trabalhar a valorização das boas práticas e evitar um tipo de marketing negativo. O processo de agregação de valor precisa andar lado a lado com uma boa comunicação e com a educação, dentro e fora da porteira, sobre como, de fato, funciona nosso setor. Caso contrário, estaremos falando para quem não quer nos ouvir”.
A advogada ainda ressalta que o setor precisa abrir mão de discursos reativos e trabalhar a educação. “Precisamos aproveitar as redes sociais e os criadores de conteúdo do agro para auxiliar na capilarização de conteúdo informativo, didático e educacional. É necessário deixar claro que não estamos de lados opostos e sim do mesmo lado: de quem quer uma produção sustentável, que respeite o meio ambiente e que, claro, gere lucro e empregos. Todos nós queremos um agro produtivo e sustentável!”, ressalta.
Na visão do engenheiro agrônomo e especialista em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental, Emanuel Pinheiro de Faria, a tendência dos consumidores a nível mundial, é se tornarem cada vez mais exigentes, e isso deve direcionar o rumo e o modo como as empresas colocam seus produtos ou serviços no mercado, como elas os apresenta aos consumidores.
“A agregação de valor dentro da produção agrícola não pode ser vista, principalmente por elos do setor, apenas como a ‘industrialização’ de produtos primários. É extremamente necessário o fortalecimento de vários pontos específicos, que quando somados, configuram o verdadeiro desenvolvimento da agregação de valor ao setor agro brasileiro”, afirma Pinheiro.
Benefícios da agregação de valor
Apostar em agregação de valor à produção das propriedades rurais é a certeza de benefícios aos produtores, com melhor rentabilidade e também aos consumidores, com a melhor qualidade nos produtos oferecidos no mercado.
“A medida que os produtos agropecuários são submetidos a um beneficiamento ou processamento industrial, os preços praticados são elevados, agregando valor e acarretando no aumento da lucratividade, tornando o agro brasileiro mais competitivo no cenário internacional, gerando aumento de lucratividade aos elos da cadeia, além de contribuir com o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população”, ressalta Pinheiro.
A moderadora acredita que este processo beneficia quem produz e o setor como um todo, de duas formas: melhora da percepção do consumidor final (mercado interno ou externo) e comunica aos investidores que o setor está atento e dentro das melhores práticas de ESG (Enviromental, Social, Governance). “Com isso, damos mais rastreabilidade e visibilidade à produção, agregando valor e rentabilidade à mesma, além disso, passamos a acessar melhores financiamentos e a atrair maiores investimentos para o setor”.
“No YAMI estarão reunidos jovens de todas as regiões do país, que atuam em variadas cadeias produtivas e em diferentes posições do agronegócio brasileiro. É importantíssimo trazer para o debate temáticas como essa, que estão ligadas à amplitude do agro e que possam ser discutidas e abordadas pela nova geração do setor, para que tenhamos a possibilidade de observar os desafios e sobretudo as oportunidades para os próximos anos no âmbito da atuação de cada um, seja na academia, na indústria, ou no campo”, finaliza o engenheiro agrônomo.
A mesa-redonda ainda contará com a participação do CEO AgroAcademy, Rodrigo Loncarovich, do presidente Yara Brasil, Olaf Hektoen e o gerente de Marketing Tático da John Deere, Felipe Santos.
GestAgro 360° é apoio de mídia do evento.
Inscrições abertas – As inscrições para o 3º YAMI já estão abertas. Quem se interessar por mais informações ou por garantir a participação no Youth Agribusiness Movement International – YAMI 2021 pode acessar o site.