Disponível no mercado até novembro, para aplicação ainda na safra 2021-2022, a nova molécula desenvolvida pela Ihara para o algodoeiro foi tema de lançamento para imprensa em evento on-line, em 23 de julho. Trata-se da Chaser EW, descoberta por um parceiro da Ihara no Japão, que há cerca de dez anos foi trazida para o Brasil, para ser desenvolvida a formulação.
O produto, que deve ser aplicado entre 35 e 100 dias do início do ciclo da planta, de acordo com informações de Jacob Crosariol Netto – especialista em pragas, do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), que realizou testes com a nova molécula – tem como diferencial o fato de ter função inseticida e fungicida, controlando as quatro principais pragas e doenças que atacam o algodoeiro – ácaro rajado, bicudo, pulgão e ramulária – e oferecendo ação anti-feeding, que paralisa a alimentação das pragas de forma imediata.
O momento é propício para o lançamento, pois, após recuo de quase 18% na safra 2020-2021, a projeção é de expansão de 22,4% na área cultivada no Brasil na temporada 2021-2022, segundo dados da consultora Cogo Inteligência em Agronegócio, exigindo, por parte dos cotonicultores, atenção aos principais detratores de produtividade.
Ao lembrar que o investimento realizado no Brasil em pesquisa e desenvolvimento para a produção local do produto, em sua planta na região de Sorocaba (SP), visa a atender um dos maiores produtores, consumidores e exportadores de algodão do mundo, que, nos últimos anos tem se mantido entre os cinco principais ao lado de China, Índia, EUA e Paquistão, André Nannetti – diretor de Planejamento de Marketing e Portfólio da Ihara – destaca a relação próxima da empresa com a cultura dessa commodities, principalmente presente no Centro-Oeste, liderado pelo Mato Grosso (67% da produção) e no Oeste da Bahia (22% da produção), mas presente em 16 Estados brasileiros: “A Ihara está sempre ao lado do cotonicultor, oferecendo produtos que possuem tecnologias inovadoras para o controle desses inimigos da lavoura e que o produtor rural pode confiar para um manejo eficiente e seguro, além de contribuírem fato para o aumento da competitividade e produtividade da agricultura brasileira.
“Por isso, sabemos que é essencial investirmos em novas tecnologias, auxiliando o produtor rural para que ele possa aumentar a sua produtividade e melhorar qualidade de fibra do algodão, utilizando um único produto no combate de múltiplos alvos (inseticida/fungicida). Nesse sentido, trazemos para o mercado o Chaser EW, ou seja, uma nova era na proteção desse cultivo por se tratar de uma solução inovadora e altamente eficaz”, analisa Nannetti.
Os riscos no campo de ataque de pragas e doenças são terríveis não apenas para os agricultores, mas também para as pessoas que usam produtos à base de algodão, já que a falta de matéria-prima causaria elevação no preço de uma infinidade de produtos, principalmente as roupas.
“Uma das principais preocupações do cotonicultor está relacionada ao manejo de pragas. Para se ter uma ideia, na safra de 2019/2020 foram investidos mais de USD 600 milhões em inseticidas para combater os principais alvos, como o bicudo do algodoeiro, o complexo de lagartas, pulgões e mais recentemente um aumento da pressão de ácaros. Nesta mesma safra, considerando as pragas em questão, o agricultor precisou fazer, em média, 26 aplicações durante o ciclo da cultura para controlá-las. Em seguida, vem o investimento em fungicidas, na ordem de USD 230 milhões, com adoção de 100% dos agricultores e uma média de oito aplicações por ciclo, sendo a principal delas a ramulária”, complementa Nannetti.
Leia aqui no GestAgro 360° mais sobre a ação do Chaser EW. Assista vídeo com Jacob Crosariol, clicando aqui.