ARTIGO – Tecnologia simplificada aproxima produtor rural da eficiência operacional

Graciele Lima*

Sem sombra de dúvidas, o agronegócio é e deve continuar sendo um dos grandes pilares da economia brasileira. Ainda que em meio à crise sem precedentes causada pela Covid-19, o setor tem crescido de maneira constante no País. As exportações do agronegócio brasileiro bateram recorde de US$ 11,57 bilhões em março. Segundo o Ministério da Agricultura, o setor nunca ultrapassara US$ 10 bilhões numa série iniciada em 1997.

Obviamente, para suportar este crescimento constante, existe uma cadeia tecnológica que otimiza cada passo do dia a dia dos produtores rurais e de todos aqueles que pertencem ao ecossistema do agronegócio. Naturalmente, quando falamos em tecnologia no campo, a primeira coisa que nos vem à mente são os maquinários agrícolas como tratores, semeadores, roçadeiras, pulverizadores, moto cultivadores, entre outros.

Mas a eficiência operacional do agronegócio vai muito além das tecnologias aplicadas diretamente nas plantações e currais. Existe uma 4ª revolução industrial em andamento. Após o domínio do carvão, da eletricidade e do desenvolvimento dos eletrônicos, agora é hora de a digitalização ir permeando todos os setores produtivos, o que envolve o agronegócio em todas as suas fases.

Além de aumentar a eficiência, o intuito da transformação digital é simplificar o máximo possível o dia a dia do agronegócio como um todo, como por exemplo estruturar a gestão de estoque, controle de fluxo de notas, contratos e pagamentos, controlando os dados desde a entrada dos insumos até o consumidor final.

Outro benefício pode ser a automatização da gestão de pessoas. Uma boa solução HCM (Human capital management) é capaz de controlar ponto, performance e safristas, além de automatizar desde a folha de pagamento até a gestão de medicina do trabalho.

Uma solução de acesso e segurança é fundamental para controlar o acesso de clientes, parceiros e fornecedores para garantir a segurança de todos nas suas instalações. Por meio de uma robusta solução CRM (Customer Relationship Management) a empresa qualquer empresa do segmento, pode gerir o relacionamento com seus fornecedores e produtores, online e offline.

Outro grande desafio, que compõe um dos principais custos do agronegócio é a logística, onde através de soluções especialistas conseguimos monitorar entregas, gerenciar fretes, controle de frotas, e ainda gestão de armazenagem dos seus estoques.

A transformação digital chegou para impulsionar definitivamente a produtividade do agronegócio, tanto dentro quanto fora das porteiras, pois vai além dos pastos e plantações. Agora é possível monitorar todas as operações dentro de uma fazenda na palma de suas mãos, desde as aplicações de insumos ao controle e performance das máquinas. É possível controlar contratos de grãos, a performance da safra e ter a previsibilidade de produção e rentabilidade com apenas alguns cliques.

Para isto, é importante que a digitalização seja desmistificada e que os produtores não a vejam como um bicho de sete cabeças ou como algo inacessível. Quando simplificada, a tecnologia aproxima os produtores rurais de uma eficiência operacional que há alguns anos era inimaginável para o setor.

*Graciele Lima é Head de Agronegócio da Senior Sistemas

Foto: Al Trends