O Selo Mais Integridade, em sua terceira edição, foi entregue em 5 de fevereiro para 19 organizações agropecuárias ganhadoras, sendo que quatro delas recebem a premiação pela segunda vez, e oito, pela terceira vez. O Selo Mais Integridade reconhece as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade, ética e o comprometimento em inibir a fraude, suborno e corrupção.
A premiação foi entregue pela ministra Tereza Cristina e pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. O evento ocorreu de forma presencial e virtual no auditório da Apex-Brasil, com a participação de até dois representantes das premiadas presentes, respeitando o distanciamento social e protocolos de segurança. As contempladas podem usar a marca do Selo em seus produtos, sites comerciais, propagandas e publicações.
A ministra Tereza Cristina destacou que os princípios que norteiam o Selo são prioridade no Mapa e anunciou que a próxima edição irá contemplar organizações do setor pesqueiro. “Acreditamos, cada vez mais, que iniciativas como esta, do nosso Selo de Integridade, podem ser um escudo na alavancagem de lucros, sendo um diferencial importante no novo modelo do agronegócio íntegro e sustentável, que estamos apresentando para o mundo”.
“A pauta de ética, integridade e transparência está inserida como ponto fundamental do Plano Estratégico do Ministério da Agricultura. Nesse sentido, ressalto que estamos alinhados com a Controladoria-Geral da União para a construção do 5º Plano de Ação Nacional para o Governo Aberto”, acrescentou.
O Mapa é pioneiro entre os ministérios do Governo Federal na implementação de um selo setorial alinhado ao Programa de Fomento à Integridade da Controladoria-Geral da União.
Para o chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa, Cláudio Torquato, a terceira edição sinaliza a consolidação do Selo no setor agropecuário. “Posso afirmar do alto das idas e vindas dos últimos anos, que o Selo já encontrou o seu espaço no setor do agronegócio, consolidando-se junto a empresas e cooperativas, como linha especial de fomento, que reconhece e premia práticas de responsabilidade social, sustentabilidade ambiental, ética e integridade ”, disse.
Segundo o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, o Selo serve também como forma de alavancar os negócios das empresas premiadas. “Empresas alinhadas com o princípio da integridade contam com diferencial competitivo”, disse, acrescentando que 11 das 19 empresas contempladas tiveram apoio da Apex-Brasil em 2019 e 2020.
Três prêmios consecutivos
A Compass Minerals está entre as premiadas pelo terceiro ano consecutivo, situação comemorada por Gustavo Vasques, presidente da Compass Minerals América do Sul, pois, “para receber o Selo, a empresa deve comprovar a prática de requisitos como um programa de compliance; código de ética e conduta, canais de denúncia eficazes, ações com foco em responsabilidade social e sustentabilidade ambiental e promoção de treinamentos para melhoria da cultura organizacional. Também é necessário estar em dia com as obrigações trabalhistas e ter ações de boas práticas agrícolas. O prêmio é o reconhecimento público do governo brasileiro de que a Compass Minerals está comprometida com a conduta ética, integridade e práticas que demonstrem responsabilidade social, ambiental e transparência com as quais conduzimos nossos negócios. Ele expressa ainda essa percepção para com nossos clientes, fornecedores, parceiros, governo e nossos colaboradores”.
Vasques reforça a importância da premiação para o mercado, que “está elevando os padrões em termos de boas práticas de compliance e nossa empresa está na vanguarda disso”, o que, para nós, é motivo de muito orgulho”, completa.
Na mesma condição, entre outras, estão a Bunge e a Ihara.
“Temos um papel crucial na produção global de alimentos e atuamos de forma séria, ética e comprometida na condução dos nossos negócios, em todas as etapas da nossa cadeia de valor. Receber novamente o Selo Mais Integridade consolida a percepção de que temos esses atributos, tanto interna quanto externamente, junto a clientes, fornecedores, parceiros e demais públicos”, salienta Fernando Zanetti, vice-presidente Jurídico da Bunge.
Clayton Veiga, diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Ihara, na ocasião, lembrou que a empresa vem sendo premiada desde 2018, ” por desenvolver iniciativas que promovem o relacionamento íntegro e ético dentro da empresa e nas relações entre os setores público e privado ligados ao agronegócio. Ética e integridade fazem parte dos valores da IHARA e trabalhamos para que isso esteja presente em todas as nossas relações”, explica Veiga, grisando as raízes japonesas da empresa: “Esses valores estão muito presentes na cultura oriental, e nós fazemos questão de mantê-los nesses 56 anos de história”.
Nova marca digital
No evento, foram assinados dois atos normativos, como a portaria conjunta entre o Mapa e CGU para a implementação da marca digital Selo Mais Integridade – Versão Especial, que poderá ser usada por empresas e cooperativas que já foram premiadas, de forma cumulativa, com o Selo Mais Integridade (Mapa) e Empresa Pró-Ética (CGU) por ações de promoção à integridade. O outro ato trata da aprovação do regulamento da próxima edição do Selo Mais Integridade 2021/2022.
Participaram também da cerimônia o presidente da Embrapa, Celso Moretti, e o assessor da Presidência e Diretor-Geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Daniel Carrara, representando o presidente da CNA.
Como funciona o Selo Mais Integridade
Para receber o selo, a empresa ou cooperativa precisa comprovar que adota um programa de compliance, código de ética e conduta, canais de denúncia efetivos, ações com foco na responsabilidade social e ambiental e promover treinamentos para melhoria da cultura organizacional.
É preciso também estar em dia com as obrigações trabalhistas e não ter multas relacionadas ao tema nos últimos dois anos, não ter casos de adulteração ou falsificação de processos e produtos fiscalizados pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, ter ações de boas práticas agrícolas enquadradas nas metas de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e não ter cometido crimes ambientais (nos últimos 24 meses).
A documentação dos interessados é analisada pelo Comitê Gestor do Selo, composto por representantes de instituições públicas e privadas, que concede a premiação.
As premiadas foram:
- Andrade Sun Farms Agrocomercial Ltda
- Amaggi Exportação E Importação Ltda
- Bem Brasil Alimentos S/A
- São Salvador Alimentos S/A
- Sinergia Agro Do Brasil Ltda
- Upl Do Brasil Indústria E Comércio De Insumos Agropecuários S/A
- Vittia Fertilizantes E Biológicos S/A
- Adecoagro Vale Do Ivinhema S/A
- Agrícola Xingu S/A
- Baldoni Produtos Naturais Comércio E Indústria
- Bunge Alimentos S/A
- Citri Agroindustrial
- Compass Minerals América Do Sul Indústria E Comércio S/A
- Iharabras S/A Indústrias Químicas
- Indústria E Comércio De Alimentos Supremo Ltda
- Mig Plus Agroindustrial Ltda
- Rio Branco Alimentos S/A
- Rivelli Alimentos S/A
- Três Corações Alimentos S/A
Foto: Guilherme Martimon/MAPA