Trator de 100 cv e linha nacionalizada: novidades de marca indiana

Em coletiva de imprensa on-line realizada em 4 de fevereiro, a Mahindra Brasil apresentou os resultados de 2020 e anunciou o lançamento do 86-110 Premium, um trator de 110 cv de potência destinado ao médio produtor, e a nacionalização da linha 6000.

Jak Torretta Jr., diretor geral de operações da Mahindra no Brasil, aproveitou a ocasião para informar os resultados e garantir que, “com apenas quatro anos oficiais no País, 2020 foi o melhor ano da nossa história. Mesmo sendo um ano de pandemia, difícil para todos, a Mahindra avançou. Desenvolvemos os principais pilares estratégicos da empresa. Também estamos expandindo a rede de concessionárias autorizadas, que até março de 2021 passará de 40 para 47 pontos de venda e assistência técnica nas principais regiões do País”.

O número de lançamentos vem acompanhando esse movimento: em 2017, foram dois modelos, em 2021 serão 11 modelos, incluindo as versões cabine e plataforma, com sete deles nacionalizados.

Com 75 anos de história, a Mahindra, lembrou Torretta, possui 41% de participação no mercado da Índia. Em 2020, produziu mais de 310.000 tratores, um crescimento de 5,3% em relação a 2019. Nos Estados Unidos, a Mahindra mantém a terceira posição em vendas.  Em 2020, enquanto o crescimento nos negócios e vendas de tratores foi 43% ao ano anterior, a indústria obteve aumento de 5,7% em relação a 2019, sendo que no ano fiscal da montadora, relativo aos meses de abril de 2020 a março de 2021, o crescimento já é de 34% em relação ao mesmo período anterior. Na indústria, o aumento é de 10,3%.

Novidades – Apresentado pelo especialista em marketing de produto, Gilberto Dutra, o trator 86 -100 Premium faz parte do processo de ampliação do portfólio de produtos e promove a participação da Mahindra em mais de 72% do mercado de tratores do Brasil. “O novo 86 -100 Premium é destinado ao médio produtor e chega ao mercado para fortalecer o trabalho da Mahindra no Brasil. É o trator mais completo da categoria, tem origem na Turquia, quarto maior mercado do mundo, e já é consagrado no mercado europeu”, explicou, informando que o motor é mecânico, com transmissão ZF que garante grandes jornadas de trabalho e é o único no segmento com TDP de 4 velocidades, resultando em muito mais versatilidade e agilidade de operação. Possui transmissão mecânica sincronizada com reversor (16F+16R), sendo 10 marchas na principal faixa de trabalho, facilitando o trabalho nas mais diversas condições e operações.

 A nacionalização da linha 6000, que envolve três opções de modelos: 6060 (57cv), 6065(65cv) e 6075(80cv), insere os produtos no programa de financiamento do BNDES – Pronaf “Mais Alimentos”, Explicando o processo de nacionalização, o gestor de engenharia, qualidade e manufatura, Anderson Melo, informou que a empresa seguiu “100% as etapas do processo chamado Country Localization Process, que é aplicado pela Mahindra em todos os países que possuem produtos da marca. O processo de nacionalização passou por 1.200 horas de testes até conquistar a validação final, período em que foram testados todos os componentes nacionais, principalmente o eixo frontal ZF”.

Os testes de homologação de itens de segurança e conforto como: arco de segurança, assento e cinto de segurança foram realizados no laboratório do campo de provas da Randon, enquanto a validação dos componentes desenvolvidos em fornecedores locais ficou a cargo dos laboratórios da empresa na Índia, o Mahindra Research Valey em Chennai.  Já os códigos Finame foram liberados pelo BNDES. Os modelos nacionalizados mantêm as principais características da marca como força, simplicidade de operação e economia de combustível.

Investimentos – No ano de 2020, a Mahindra Brasil realizou investimentos na estrutura da sede fabril brasileira, localizada em Dois Irmãos (RS), visando a melhorias em ergonomia, segurança e capacidade produtiva. A planta está habilitada para atender à demanda crescente pela marca, pelo menos para os próximos dois anos, produzindo tratores de 25cv a 110cv de potência, atendendo as necessidades do agricultor brasileiro, especialmente o produtor ligado à agricultura familiar.

Foto: Divulgação