Em seu discurso de lançamento do Plano Safra 2020/2021, em 17 de junho de 2020, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, lembrou a todos o papel fundamental desempenhado pela agropecuária para o Brasil e para o mundo, especialmente neste momento de pandemia.
“A agropecuária é uma atividade nobre”, afirmou, frisando acreditar que “agora, depois de enfrentarmos essa pandemia, nós, brasileiros, saberemos valorizar mais quem está no campo e faz chegar à nossa mesa comida farta e de qualidade”.
Explicando que o Plano Safra é focado nos pequenos e médios produtores, que são os que mais precisam do suporte do Governo Federal, ela destacou alguns resultados deste ano, como o crescimento de 1,9% da agropecuária no primeiro trimestre de 2020, e lembrou que, além de abastecer o mercado interno, o agro exportou 17,5% a mais em relação ao mesmo período de 2019.
“Esse cenário nos dá a convicção de que a agropecuária brasileira será um dos principais motores da retomada econômica após a Covid-19, que impôs uma situação dramática, nunca vista, em esfera global. Precisamos de esperança e otimismo para superarmos tudo isso e é nesse espírito que lançamos hoje o Plano Safra 2020-2021”, avaliou.
Segue a íntegra do discurso:
Presidente Jair Bolsonaro, colegas de governo, do Congresso, do agro, equipe do Mapa, meus queridos amigos e amigas,
Muito boa tarde a todos,
Este é sempre um dia muito especial para nós, o dia em que todos os anos nos reunimos para lançar o Plano Safra. Neste momento desafiador, pelo qual ainda passam o Brasil e o mundo, se torna ainda mais importante garantir a nossa próxima colheita, para que continuemos a bater recorde de produção de alimentos.
Em meio a tantas adversidades, temos de agradecer por conseguir manter a oferta de alimentos, em quantidade e qualidade, nas Ceasas, supermercados e feiras. Graças ao trabalho do agro, setor que sempre contou com o apoio total do presidente Jair Bolsonaro, e das áreas de transporte e logística, ministro Tarcísio, mantivemos o abastecimento em todo o país e honramos os compromissos com nossos parceiros comerciais.
Eu não me canso de dizer, e vou repetir hoje, que a agropecuária é uma atividade nobre. Acredito que agora, depois de enfrentarmos essa pandemia, nós, brasileiros, saberemos valorizar mais quem está no campo e faz chegar à nossa mesa comida farta e de qualidade.
Semear, plantar, cuidar, esperar florescer e enfim colher os frutos da terra é e sempre será algo essencial e belo. Uma atividade totalmente ligada à natureza só pode ter como caminho a busca da sustentabilidade. O incentivo à produção sustentável tem destaque neste Plano Safra, que vem com mais recursos e melhores condições de financiamento, a juros mais baixos.
Mais uma vez focado nos pequenos e médios produtores, que são os que mais precisam do suporte do governo federal, o Plano Safra 2020-2021 contará com R$ 236,3 bilhões, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação a 2019-2020.
Desse total, R$ 179,4 bilhões são para custeio e comercialização. E R$ 57 bilhões para investimentos nas diversas setores produtivos. São valores que foram corrigidos muito acima da inflação do período.
Destaco que 65% do crédito rural serão aplicados a taxas de juros controladas. Os pequenos produtores rurais terão R$ 33 bilhões para financiamento do Pronaf e os médios produtores rurais R$ 33,1 bilhões, por meio do Pronamp.
Para os produtores da agricultura familiar, os juros serão de 2,75% e 4,0% ao ano, os menores do Plano Safra. Como prometido, graças ao sucesso observado desde o ano passado, ampliamos para R$1,3 bilhão a subvenção ao prêmio do seguro rural, um acréscimo de 30% no valor.
Destacamos ainda que o Plano Safra 2020/21 mantém recursos – R$ 500 milhões – para o também bem-sucedido programa de construção e reforma de casas rurais.
Os investimentos cresceram em média 29% em inovação tecnológica, armazenagem, irrigação, agricultura e pecuária de baixa emissão de carbono.
O Plano Safra fortalece ainda a pesca comercial, financiando aquisição de equipamentos e infraestrutura, o armazenamento e o transporte de pescado.
O esforço do governo Jair Bolsonaro para viabilizar esse Plano Safra é um reconhecimento às conquistas e ao potencial do setor que está pronto para contribuir para a retomada econômica. Destacamos as boas previsões para este ano: um aumento da área plantada e a colheita de safra recorde de grãos, estimada em 250,5 milhões de toneladas (3,5% superior à safra anterior). É importante frisar ainda que a contratação de crédito rural na safra passada foi a maior já verificada, somando R$ 207 bilhões.
Observamos que, no primeiro trimestre de 2020, enquanto outros setores sofreram retração, a agropecuária cresceu 1,9%. Além de abastecer o mercado interno, o agro exportou 17,5% a mais em relação ao mesmo período de 2019, gerando ganhos para a balança comercial e preservando empregos e renda para os brasileiros.
Esse cenário, presidente, nos dá a convicção de que a agropecuária brasileira será um dos principais motores da retomada econômica após a Covid-19, que impôs uma situação dramática, nunca vista, em esfera global. Precisamos de esperança e otimismo para superarmos tudo isso e é nesse espírito que lançamos hoje o Plano Safra 2020-2021.
Como no ano passado, devo agradecimentos a muita gente! Em especial, ao ministro Paulo Guedes, ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Gostaria de agradecer muitíssimo ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pelo apoio e parceria. O BB desembolsou na safra que estamos encerrando R$ 90 bilhões em crédito para produtores, cooperativas e empresas do agronegócio.Meu agradecimento se estende a toda equipe econômica, sempre disposta a ouvir o Ministério da Agricultura.
Quero fazer também um agradecimento à equipe do ministério, em especial ao Secretário de Política Agrícola Eduardo Sampaio, pelo esforço na construção deste Plano Safra. E muito obrigada, presidente, por ser, desde a primeira hora, um parceiro do agro. Sem o seu apoio e de todo o governo, não alcançaríamos esses bons resultados.