A exemplo do que foi registrado no agronegócio brasileiro como um todo na última década – quando a produção brasileira cresceu acima da mundial na comparação anual, e a perspectiva para os próximos anos é a chegada de um novo ciclo de ganho de produtividade – a área de Ruminantes também foi positivamente afetada, garante Juliano Sabella Acedo, diretor de marketing da área de Ruminantes Brasil da DSM, pois, desde a aquisição há seis anos da marca Tortuga, “o maior e mais tradicional player do mercado brasileiro na área de suplementos nutricionais para bovinos de corte e leite, equídeos e pequenos ruminantes, foi possível fortalecer sua capacidade de oferecer soluções integradas, capturando maior valor a partir do know-how e assistência técnica em nutrição animal. O resultado foi o aumento significativo da excelência no atendimento das mais altas exigências de produtores rurais brasileiros”.
Acedo lembra que, em 2019, a marca Tortuga comemorou seus 65 anos, ano em que também celebrou os 50 anos da linha Fosbovi, que contempla suplementos nutricionais indicados para todas as fases dos animais e ajudam a melhorar os índices da produção de carne durante todo o ano, incluindo opções para bovinos em sistemas de pasto e confinamento.
No balança das atividades da empresa, o confinamento se destaca, em consonância com o aumento, nos últimos dez anos, o número de animais confinados no Brasil dobrou, saltando de 900 mil cabeças em 2010 para mais de cinco milhões de animais em 2018, chegando a 5,26 milhões de animais este ano, conforme levantamento do Censo de Confinamento DSM 2019, estruturado pelo Serviço de Informação DSM (SIM). Neste período, a DSM foi responsável pelo confinamento de mais de 13 milhões de bovinos, em uma média anual de 1,5 milhão de animais.
Segundo o gerente de categoria de confinamento da DSM, Marcos Baruselli, “quando confinados, os animais têm maior capacidade de produção, em comparação com o sistema de criação em pasto. E com o fornecimento de dieta com as tecnologias da marca Tortuga®, as avaliações de campo comprovam que os produtores ganham, em média, uma arroba a mais por animal confinado, o equivalente a um bovino a mais a cada 18 animais confinados”.
Pecuária de corte – Na última década, os resultados positivos da pecuária brasileira de corte em sistemas de pasto foram marcados “pela influência positiva dos produtos Tortuga na dieta, gerando maior ganho de peso e produção de leite das fêmeas e melhoras de outros índices positivos, em: ambiente ruminal, digestão de fibras, qualidade dos produtos de origem animal (carne e leite), imunidade, reprodução — além de menor ocorrência de doenças. Devido às condições naturais que favorecem a produção pecuária, o Brasil “já se consolida como o dono do maior rebanho comercial de bovinos do mundo. Com vegetação, clima e abundância de água, que permitem a produção em sistemas de pasto na maior parte das regiões do País, o Brasil tem ainda muito espaço para crescer ainda mais o rebanho e a produtividade de forma sustentável, ocupando a mesma área, apenas aplicando tecnologias que contribuem para impulsionar a produtividade nas fazendas”, comemora Acedo.
Além disso, nos últimos dez anos, a expansão do setor de commodities na América Latina impulsionou enormemente a pecuária e aumentou a participação da região no comércio internacional. Com isso, se tornou cada vez mais premente a necessidade de se produzir mais carcaças bovinas de alta qualidade para o mercado externo com menos recursos e em menor tempo. Neste sentido, o sistema de confinamento despontou como um método eficaz para atender a esta crescente demanda, sobretudo em regiões onde os períodos mais secos do ano, com escassez de chuva, tornam o pasto menos nutritivo par aos animais.
Exemplo da contribuição da empresa aos grandes avanços obtidos no período é citado por Baruselli e envolve a consolidação do Tour DSM de Confinamento como a principal iniciativa para a avaliação e aperfeiçoamento desse sistema produtivo no Brasil, tornando-se dados de referência para o setor. O Tour também é uma ferramenta de avaliação da implementação dos suplementos com as tecnologias Crina e RumiStar, lançados em 2015, presentes na linha Fosbovi Confinamento, com o objetivo de obter os melhores índices zootécnicos dos bovinos confinados. Desde a criação do Tour DSM de Confinamento, em 2013, o projeto já cobriu mais de 40 etapas, com a avaliação de mais de 100 mil bovinos em vários estados produtores.
“Neste ano, marcado pela sexta edição do Tour DSM de Confinamento, a grande novidade foi o lançamento do aplicativo Mais Arroba, ferramenta desenvolvida em parceria com o Cepea/USP para auxiliar o pecuarista a simular os fatores zootécnicos e econômicos que influenciam os resultados do confinamento. A partir de dados inseridos pelos produtores, é possível estimar os ganhos produtivos dos animais, os custos fixos e variáveis do confinamento (boi magro, dieta, sanidade etc.), a rentabilidade e a taxa de retorno mensal (em reais), entre outros fatores”, reforça Acedo.
Pecuária de leite – Um dos maiores desafios atuais da pecuária é a produção de leite com qualidade, baixo custo e sustentabilidade e, neste sentido, a adoção de tecnologias tanto para a nutrição quanto o manejo e reprodução de animais é uma das chaves para obter um produto de qualidade para o consumidor e rentável para os produtores.
“No ano em que a marca Tortuga completa 65 anos, o debate sobre produção de leite se dá principalmente sobre a importância das vitaminas e das inovações para melhorar o desempenho das vacas”, observa Verônica Lopes, coordenadora da categoria gado de leite da DSM, ao ressaltar os benefícios da adoção de tecnologia em nutrição animal. “As soluções fornecidas pela DSM proporcionam o máximo de desempenho em todas as fases de vida dos animais, promovendo melhores resultados em diferentes aspectos: reprodução, sanidade, produtividade e qualidade do leite, por exemplo, porém o principal é que todos esses resultados impactam positivamente na rentabilidade do produtor e impulsiona a produtividade”.
A década também foi marcada pela criação “Programa Qualidade do Leite Começa Aqui!”, da DSM, com oito edições. Em sua trajetória, por exemplo, o programa contabilizou a avaliação de mais de 1,2 milhão de vacas em lactação, de 20.474 fazendas, de 14 estados, e o reconhecimento aos esforços dos produtores por meio de 267 prêmios concedidos. Os vencedores do prêmio são identificados durante o Programa conforme critérios técnicos que contribuem para aumentar o rendimento industrial e que são levados em consideração em várias plantas captadoras para melhorar a remuneração dos produtores, como baixo teor de células somáticas e altos teores de proteína e gordura.
Em 2016, a linha Bovigold, que auxilia os produtores de leite a aumentarem a rentabilidade, foi reformulada e se tornou ainda mais focada nos diferentes níveis de produção e fases dos animais ao lançar suplementos de alta tecnologia, que combinam Crina e RumiStar. São mais de 12 produtos com tecnologias adequadas para todas as fases de vida e níveis de produtividade dos animais, desde bezerras, novilhas em recria, vacas em transição e vacas em diversos sistemas de produção, tanto aquelas que produzem em sistemas a pasto como em sistemas confinados, como animais de baixa até aquelas de média e alta produção diária.
Para melhorar os índices reprodutivos, o destaque da linha é o Bovigold Beta Pré-parto, que inclui em sua fórmula o Betacaroteno, uma pró-vitamina que atua na síntese da Vitamina A, vital para os processos reprodutivos, que auxilia na redução de casos de retenção de placenta, gera rápido retorno ao cio e diminui o intervalo de partos, atingindo índices superiores na reprodução, comemora Lopes.