Relação positiva entre investimentos e resultados amplia produção de etanol de milho por usina “flex”

Resultados serão mostrados na 27ª Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho (SP), em agosto

Usinas que produzem etanol a partir da cana e do milho, chamadas de flex, estão impulsionando a produção do combustível a partir do milho, Apenas o Mato Grosso conta com três dessas usinas. Estimativa da Unem (União Nacional do Etanol de Milho) sinaliza a existência de projetos para que pelo menos outras sete usinas de etanol de milho sejam construídas ou ampliadas no Centro-Oeste. A meta é atingir, em breve, produção anual de 3 bilhões de litros.

A difusão dessas usinas também vem sendo viabilizada pelo investimento, significativamente inferior ao de uma planta exclusiva para produção de etanol de milho, estimado em US$ 90 milhões. Levantamento realizado por Marcos Fava Neves, professor da USP/Ribeirão Preto e EAESP/FGV, aponta que o projeto de uma “flex” para operar em conjunto (cana e milho) durante todo o ano tem um custo estimado em US$ 60 milhões, enquanto que, para processar o milho somente na entressafra da cana, que é considerado um modelo “flex integrado”, o investimento estimado é de US$ 20 milhões.

Já estudo da Agroicone aponta que a instalação de uma usina de etanol de milho que produz 500 milhões de litros de etanol ao ano, além de dos coprodutos DDGs (Dried Distillers Grains), óleo de milho bruto e eletricidade, apresenta uma capacidade de gerar um valor de produção total de R$ 2,5 bilhões, um PIB de R$ 910 milhões e aproximadamente 4,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.

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