Em 17 de maio, pouco mais de 50 pessoas, entre produtores rurais, membros da Secretaria Estadual da Infraestrutura e Meio Ambiente e membros de associações ambientais, reuniram-se no Sítio dos Ipês, em Cachoeira Paulista (SP), em evento promovido pelo Corredor Ecológico Vale do Paraíba, em parceria com as entidades Instituto Coruputuba, The Nature Conservancy e Instituto Socioambiental. O objetivo foi avaliar estudos econômicos e ambientais de restauração florestal – para ver benefícios e formas de adequá-los a propriedades agrícolas – de quatro estilos diferentes de plantio a partir das sementes, e não de mudas, como é convencional, resultantes de plantio realizado em 2018. Os quatro grupos sucediam-se entre estas estações para poder comparar os diferentes resultados obtidos.
Patrick Assumpção, da Fazenda Coruputuba, explica que, “no caso, foram mais de 110 espécies entre arbóreas, sementes, adubadeiras e outras plantas arbustivas. É uma variedade que, mais para frente, será traduzida em ganhos comerciais para o produtor rural”.
O projeto realizado no Sítio dos Ipês – que conta com consultoria do Corredor Ecológico, é um exemplo de implantação de agrofloresta e já colhe frutos de uma alternativa sustentável para geração de renda no campo – foi comemorado por participantes como Marina Campos, da The Natural Conservancy, para quem “o que se vê aqui é que podemos restaurar florestas, buscando trazer os serviços ambientais de volta (água, clima, polinização) com o custo mais baixo”. Concordando com ela, Carolina Ferreira, do Corredor Ecológico definiu os resultados obtidos como “empolgantes” e afirmou: “Isso decorre da condução que foi dada para o próprio ambiente, para ele trazer esses indivíduos regenerantes de volta”
O Corredor Ecológico Vale do Paraíba foi criado em 2009, o Corredor Ecológico reúne organizações do primeiro, segundo e terceiro setores para propor um diálogo sobre o desenvolvimento social, econômico e cultural do Vale do Rio Paraíba do Sul por meio do planejamento e de intervenções que ampliem a oferta de serviços ecossistêmicos integrados ligados à água e à biodiversidade, com a conscientização da sociedade para o valor do patrimônio ambiental da região. Para isso, o Corredor desenvolveu a metodologia “Linhas de Conectividade”, que visa a garantir o desenvolvimento e a perenidade das florestas a partir de um guia de reflorestamento que mapeou todas as áreas que precisam receber plantios, evitando assim que investimentos florestais sejam desperdiçados.