A safra deste ano deve garantir colheita de 50,92 milhões de sacas de café beneficiado, somando as espécies arábica e conilon, de acordo com a 2ª estimativa para o produto, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em Brasília (DF), em 16 de maio.
O resultado representa redução de 17,4% em relação a 2018. O recuo é devido à bienalidade negativa nos cafezais, fenômeno natural da cultura e faz com que a produtividade seja maior em um ano e menor no ano seguinte. Mas, o Brasil segue como principal produtor mundial e maior exportador do produto.
De acordo com o levantamento, a colheita já foi iniciada e a produção mantém-se como a maior dentro do período de bienalidade negativa. O café arábica, que representa 72% do total e é mais influenciado pela bienalidade, deve alcançar 36,98 milhões de sacas, com redução de 22,1% em comparação à temporada anterior.
Já a produção de conilon está estimada em 13,94 milhões de sacas, com baixa de 1,7% em relação a 2018. No caso do conilon, a projeção deve-se principalmente à expectativa de redução de produção na Bahia e em Minas Gerais, que diminuíram área e apresentam menores estimativas de produtividades médias, e no Espírito Santo, que também diminuiu a produtividade devido ao clima.
A área total cultivada com as duas espécies totaliza 2,16 milhões de hectares. Desse total, 14,8% estão em formação e 85% em produção. Na safra atual, a área em produção foi reduzida em 1,1%, enquanto a área em formação aumentou 8,7%. Segundo o estudo, por se tratar de uma safra de bienalidade negativa, os produtores aproveitam para realizar tratos culturais nas lavouras e, consequentemente, diminuir a área em produção.
Outro destaque do Boletim é o mapeamento que a Conab está realizando com os dados de café nas principais regiões produtoras. O estudo utiliza tecnologias de georreferenciamento, que colabora com as estimativas de áreas.