Aproveitar a luz do sol diária para gerar a própria energia elétrica e economizar quase todo o valor gasto com a conta de luz é realidade no Brasil desde 2012, ano em que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou o segmento de geração distribuída, no qual moradores produzem sua energia através de geradores próprios e podem trocar com a energia da rede da distribuidora.
Através de um sistema de créditos energéticos, a energia gerada durante o dia compensa o consumo da rede no período noturno, permitindo uma redução de até 95% na fatura e ainda a possibilidade do uso de créditos excedentes em outros imóveis do mesmo titular. Essa possibilidade caiu como uma luva para os brasileiros que pagam a quinta mais cara energia do mundo e, atualmente, mais de 54 mil deles já fazem parte do segmento distribuído. Estimativas da Aneel sinalizam que até 2024 a haverá mais de 886 mil consumidores com placas solares em seus telhados.
Os resultados crescem ano a ano. Em 2018, por exemplo, somente no Estado de São Paulo, segundo maior do Brasil na utilização de sistemas de placas fotovoltaicas para geração elétrica, o crescimento no número de “telhados solares” foi de 139%. De acordo com o banco de dados da ANEEL, até o final de 2017 haviam conectados na rede elétrica 4.020 sistemas fotovoltaicos em São Paulo, número que chegou aos 9.639 no final do ano passado e que engloba moradores comerciais, rurais, públicos e, principalmente, residenciais.
Entre as cidades do Estado com mais sistemas, Campinas lidera o ranking com 809 conexões, seguida por São Paulo, com 528 e São José do Rio Preto com 285 sistemas fotovoltaicos.
