Jorge Stachoviack*
O aumento da oferta e as perspectivas de mercado brasileiro da soja vêm alcançando índices positivos, principalmente, na exportação. Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, revelam que o Brasil enviou ao exterior 5,07 milhões de toneladas na parcial de agosto, ante 5 milhões de agosto de 2019, com aumento de 48,5% na média diária de vendas. A produtividade nacional aumentou e existem plantações que ainda podem atingir um rendimento operacional superior ao atual.
Lavouras que antes não apresentavam uma homogeneidade nas plantações da soja contavam com uma colheita aquém daquela exigida pelo mercado. Nesse contexto, podemos dizer que é muito importante que os agricultores tenham conhecimento amplo da cultura e utilizem tecnologias avançadas em nutrição de plantas, capazes de agir de forma rápida e efetiva para superar as deficiências nutricionais, proporcionando, assim, uma lavoura com raízes ainda mais vigorosase em condições de alcançar um maior potencial produtivo.
As tecnologias disponíveis hoje no mercado contam com oito nutrientes no mesmo grânulo. Além do tradicional NPK, pode ser encontrado também o cálcio e enxofre que, por meio do recobrimento dos grânulos, recebe mais três elementos vitais para o cultivo da soja: boro, manganês e zinco. Por conter todos estes nutrientes eficientes e equilibrados, a aplicação via solo, durante a semeadura, é mais uniforme, sem problemas com segregação de nutrientes, o que assegura o desenvolvimento de lavouras homogêneas de alto potencial produtivo.
É fundamental entender que os micronutrientes apresentem maior solubilidade – que nada mais é que apropriedade física das substâncias se dissolverem, ou não, em um determinado líquido -e é desta maneira que as plantações são nutridas de forma mais eficiente e em qualquer tipo de cultura. Aqui estamos falando da soja, que é o crescente atual do mercado, mas não podemos esquecer que as plantações de milho e trigo também necessitam de uma nutrição adequada de micronutrientes que tenham elevado padrão de qualidade e pureza, conferindo uma alta eficiência agronômica.
Vantagens, rentabilidade, produtividade e nutrição são palavras importantes para o mercado comprador, que é extremamente exigente e busca valores competitivos. É imprescindível que os produtores, sejam pequenos, médios ou grandes, utilizem de tecnologias com qualidade superior e eficiência nos custos para aumentar a competitividade da cadeia produtiva dos grãos e de outras culturas. A tendência é que o Brasil tenha cada vez mais lavouras sustentáveis para ser referência na produção mundial de alimentos.
*Jorge Felipe Rosemback Stachoviack é engenheiro agrônomo e especialista agronômico líder do Programa NutriPasto e SuperSoja da Yara.