O uso de tecnologias de Inteligência Artificial no Campo permite a aplicação de recursos de inteligência artificial em sistema de irrigação inteligente, agricultura de precisão envolvendo a aplicação de inteligência embarcada, automação e rede de sensores locais para mapeamento de solos, monitoramento de doenças e de variáveis meteorológicas, sensoriamento remoto voltado para a produção e captação de aspectos ambientais e climático. Nesses processos são produzidos grandes volumes de dados que geram informações para apoiar o suporte à decisão no campo.
Criar soluções tecnológicas de ponta que vão desde a obtenção customizada de dados até a análise das informações para orientar a tomada de decisões já é uma realidade no campo. Tudo isso com imagens de alta resolução, e menor custo, utilizando Inteligência Artificial (sistemas que se assemelham a inteligência humana), Machine Learning (aprendizagem da máquina). E é expertise de empresas como a nossa, estudar os mercados, analisar tendências e assim conseguir se antecipar criando soluções digitais. E é perceptivel que o agronegócio tem grande potencial para isso, aponta Diego Nogare da Lambda 3, empresa referência no setor tecnológico, com foco em soluções digitais.
A internet das coisas – que nada mais é que a comunicação entre máquinas – deverá movimentar investimentos de US$ 745 bilhões ao redor do mundo em 2019, podendo ultrapassar em valor US$ 1 trilhão em 2022, concentrado principalmente em aportes para o setor industrial.
A população mundial, que até 2050 deve ser de aproximadamente 9 bilhões de pessoas, demandará produção em agricultura muito mais consciente, afinal os recursos naturais são limitados, e é muito importante a conciliação entre a preservação ambiental e o desenvolvimento produtivo no campo. As pragas e doenças representam um grande problema na agricultura. Elas causam impactos diretos na qualidade e produtividade das lavouras, e as perdas variam de acordo com a cultura e severidade do ataque. Segundo estimativas, ano após ano, o mundo perde entre 20% e 40% dos rendimentos dos cultivos devido aos danos causados por pragas e doenças, enquanto que no Brasil, o valor das perdas anuais, pode chegar em R$ 55 bilhões.
A utilização de drones, por exemplo, ajuda no monitoramento e mapeamento de fazendas, lavouras e plantações, com o objetivo de identificar problemas e a partir disso criar planos de ação para minimizá-los ou saná-los. Os produtores analisam as imagens rastreadas, e produzem relatórios que vão indicar de onde as ações devem partir.
Segundo a consultoria IDC, o mercado de gestão de dados – conhecido como “big data & analytics” – movimentará US$ 4,2 bilhões em 2019 no Brasil. A consultoria avaliou que as empresas têm apresentado dificuldades para fazer uma gestão de dados eficiente e tirar proveito de recursos que ela tem. Quando é analisado o acompanhamento de performance ou o alerta de produtividade, apenas 13,8% das empresas têm como prioridade expandir sua capacidade para tirar proveito de dados coletados no mercado e assim criar ou incrementar sua receita, resume Nogare.