Em março, exportações de café foram 10% superiores ao correspondente no ano passado

Em março, o Brasil exportou 2,9 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa um crescimento de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os dados são do Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

A receita cambial gerada pelas exportações chegou a US$ 379,1 milhões, queda de 11% se comparado a março de 2018. Na mesma comparação, o preço médio da saca de café em março foi de US$ 127,79/saca, queda de 19%. 

Com relação às variedades embarcadas, o café arábica correspondeu a 83,3% do volume total das exportações, equivalente a 2,4 milhões de sacas. O café solúvel representou 10,9% das exportações, com 323 mil sacas exportadas, enquanto que o café conilon (robusta) atingiu a participação de 5,8%, com o embarque de 173 mil sacas, crescimento de 125,7% em relação a março de 2018.

Levando em consideração o primeiro trimestre de 2019 como um todo, o Brasil registrou um total de 9,9 milhões de sacas exportadas, crescimento de 25,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial, neste caso, também apresentou crescimento, de 2,9%, alcançando US$ 1,3 milhão.

“Os resultados de exportação de café referentes ao mês de março foram muito positivos. O Brasil apresentou boa performance mesmo estando no período de entressafra, com início da colheita do café conilon que acontece em abril/maio no Espírito Santo, Bahia e Rondônia e a colheita do café arábica, em maio/junho nos demais Estados e suas devidas regiões. É importante destacar que o país registrou volumes recordes de exportação nos meses de janeiro a fevereiro”, destaca Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

“O Brasil segue atendendo seus importadores com competência, responsabilidade e de maneira sustentável. Por isso, caminhamos para fechamento do ano cafeeiro com ótimos resultados no desempenho, atingindo prováveis 40 milhões de sacas exportadas, um volume recorde histórico para o período”, mensura o presidente.

Ano-safra 2018/2019 – Com relação as exportações de café no ano-safra 2018/2019 (jul/18 a mar/19), o Brasil exportou 30,9 milhões de sacas no período acumulado, aumento de 30,3% em relação à mesma base comparativa do ano anterior, quando o país embarcou 23,7 milhões de sacas.

Importante considerar que, na ano-safra atual, o Brasil registrou o melhor resultado de exportações de café dos últimos 5 anos.

Principais destinos – Entre os dez principais destinos de café brasileiro no primeiro trimestre deste ano, os Estados Unidos ocuparam o primeiro lugar, com a importação de 1,8 milhão de sacas de café (18,2% do total embarcado no mês pelo Brasil). A Alemanha ficou em segundo lugar, com 1,7 milhão de sacas (17,2%); e, em terceiro, a Itália, com 1 milhão de sacas (10,5%).

Os demais principais destinos foram, nesta ordem: Japão, com 760 mil sacas importadas (7,6%); Bélgica, com 544 mil sacas (5,5%); Turquia, com 339 mil sacas (3,4%); Reino Unido, com 317 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 260 mil sacas (2,6%); França, com 237 mil sacas (2,4%); e Canadá, com 215 mil sacas (2,2%). 

Vale ressaltar que, comparando o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, as exportações de café brasileiro apresentaram crescimento em todos os principais destinos. Entre os dez países listados, os três que registram maior aumento na importação de café brasileiro foram o Reino Unido (crescimento de 59%); a Turquia (48%); e os Estados Unidos (36%). 

Diferenciados – Em relação aos cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis), de janeiro a março, o Brasil exportou 1,8 milhão de sacas, uma participação de 18,8% do volume total do café embarcado no período. A receita cambial, neste caso, foi de US$ 312 milhões, representando 23,9% na participação do valor total da exportação.

Os principais destinos de cafés diferenciados foram os EUA, que importaram 428 mil sacas (22,8% do volume total embarcado no trimestre), seguido pela Alemanha, com 261 mil sacas (13,9%) e pelo Japão, com 242 mil sacas (12,9%). 

Na sequência estão: Bélgica, com 184 mil sacas (9,8%); Itália, com 151 mil sacas (8%); Canadá, com 80 mil sacas (4,3%); Suécia, com 60 mil sacas (3,2%); Reino Unido, com 55 mil sacas (2,9%); Holanda, com 37 mil sacas (2%) e Coreia do Sul, com 33 mil sacas (1,8%). 

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