A Embrapa e a Yara, empresa da área de fertilizantes e nutrição de plantas, assinaram Acordo de Cooperação Geral para a promoção de iniciativas de impactos social, ambiental e de governança, conhecida pela sigla ESG (environmental, social and governance). A parceria abrange todas as frentes de estudos em agricultura e pecuária da Embrapa, especialmente nas áreas de adubação; agricultura digital; instrumentação agrícola; monitoramento territorial e ambiental; bioprodutos, bioinsumos e energia renovável.
Na prática, a Embrapa terá à disposição em todas as suas unidades as soluções que a Yara utiliza no campo, por exemplo, ferramentas digitais para a aplicação de fertilizantes, recomendações nutricionais e de compartilhamento de dados coletados em campo. Com foco em pesquisa técnico-científica, a atuação conjunta visa promover o crescimento da agricultura, além de parcerias com impacto social positivo, inclusão digital, fomento ao ambiente de inovação e redução das desigualdades.
A cooperação estabelece a busca de objetivos de interesse mútuo, como o desenvolvimento dos pequenos e médios agricultores do país e o enfrentamento dos efeitos da mudança do clima na agropecuária.
“Esse é um exemplo de parceria que a Embrapa pretende fortalecer e reproduzir daqui para frente: com foco na inovação tecnológica e na agenda ESG de inclusão socioprodutiva, sustentabilidade ambiental e governança corporativa. Embrapa e Yara estão bem alinhadas nessas premissas,” frisa a diretora de Negócios da Embrapa, Ana Euler.
“O caminho para um sistema alimentar mais justo e resiliente passa por estratégias de colaboração que envolvam diversos agentes da nossa cadeia, do público ao privado, da pesquisa às melhoras práticas no campo”, destaca Marcelo Altieri, presidente da Yara Brasil. “A parceria com a Embrapa é um passo fundamental para transformar a forma como produzimos alimentos e construirmos uma agricultura ainda mais sustentável e inclusiva”.
Parceiras desde 2012
Essa é mais uma frente que reforça o alinhamento entre Embrapa e Yara. Em 2012, as empresas firmaram um primeiro acordo para o estudo do uso de nutrientes em solos tropicais. A pesquisa, desde então, analisa os efeitos da substituição de ureia por nitrato em lavoura de milho e já constatou que o uso de nitrogenados oriundos de matrizes energéticas limpas contribuem para a redução da pegada de carbono em até 20%. Além disso, trouxe incremento em produtividade equivalente a 10 sacas por hectare ao ano – um aumento de 9% se comparado ao uso da ureia.
Foto: CNA