Com a colheita de café avançando no cinturão do arábica, que envolvem mais de 500 municípios no sul de Minas. Chega a hora de fazer a varrição, um processo de retirada dos grãos que restaram no chão embaixo dos pés na lavoura.
A broca do café é um problema sério nas lavouras cafeeiras. O principal prejuízo é a destruição parcial ou total dos grãos, os quais são perfurados e comidos pelas larvas do inseto. Com isso ocorre perda de peso e do rendimento dos frutos, na sua transformação de frutos seco ou coco para o café em grãos ou beneficiado.
Como o engenheiro agrônomo Rodrigo Moreira explica, a importância do repasse e da varrição é importante para o controle da broca do café, de modo a evitar que a doença não seja um problema na próxima safra.
“É muito importante que não fique frutos na lavoura. A varrição e o repasse fazem parte da higienização e conservação da plantação de café. A broca por exemplo sobrevive no café que fica. Em propriedades onde é possível realizar a operação com máquinas o trabalho também rende um aproveitamento extra em cafés que podem ser comercializados, “ ensina.
Além disso, continua o engenheiro, com os preços atuais da saca, mesmo a qualidade do café de varrição ser um pouco abaixo vale a pena investir nessa operação. E evitar doenças, finaliza.
Entre os maquinários usados nessa operação estão o popular “recolhedor gafanhoto”. O equipamento possui uma peneira de 600mm que realiza o recolhimento e a limpeza dos grãos de café com maior rapidez. Também conta com o suporte para big bag de até 1.000 litros, garantindo agilidade e rendimento.
Já a máquina Aranha, uma vassoura que é acoplada ao trator junto com um soprador que juntos trabalham com qualidade no processo de varrição.
Nos processos tradicionais, a vassoura e a peneira também realizam o trabalho com eficiência. O importante é não pular essa etapa, faça as contas e verifique qual a melhor forma de realizar o serviço na sua lavoura, orienta Moreira.
Texto e foto: Valéria Vilela – Café em foco