A ICL América do Sul, líder em nutrição vegetal especializada no Brasil, disponibiliza a partir de outubro, tecnologia lançada no mercado brasileiro para nutrição de plantas. Trata-se do Nutriduo, que tem o Selênio associado a outros minerais, tais como Zinco e Magnésio, em aplicação foliar. A tecnologia tem poder antiestresse oxidativo e, ao mesmo tempo, promove a biofortificação de grãos e frutos, o que agrega no desempenho das culturas (tolerância a estresses e maior produtividade). Além disso, contribui para a qualidade de vida das pessoas, já que, ao consumirem esses alimentos, elas ingerem os minerais neles disponíveis, transferidos durante a aplicação dos nutrientes.
“O estresse é uma reação adversa às condições ambientais desfavoráveis ao pleno crescimento e desenvolvimento das plantas, resultando em perdas de produtividade. Falta ou excesso de chuvas, altas ou baixas temperaturas e excesso de luminosidade são responsáveis por perdas de até 65% do potencial produtivo das culturas, ou seja, os índices atuais de produtividade representam apenas 1/3 do seu potencial total. Nessas situações, ocorre um processo de aumento excessivo dos radicais livres dentro das plantas, os quais causam danos às células. Esse desequilíbrio é o chamado estresse oxidativo”, explica Robson Mauri, gerente técnico e de Inovação da ICL América do Sul.
Desenvolvido no Brasil pelo time de P&D da ICL América do Sul, com foco inicial na soja, mas também em fase de testes com outras culturas, Nutriduo foi desenvolvido no Centro de Inovação da empresa, em Iracemápolis (SP), assim como no campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA), da Unipam, e em áreas agrícolas de produtores parceiros. “É uma formulação inédita que conta com uma nova tecnologia em quelato de Magnésio, com patente ICL requerida, e que tem compatibilidade muito boa com qualquer produto fitossanitário”, informa Mauri.
Linhas de atuação – A recomendação é que Nutriduo seja aplicado via foliar na soja, na dose de 1 kg/há, no início do desenvolvimento das vagens, conhecida como canivetinho. O estádio reprodutivo é um dos momentos em que a planta está mais suscetível aos estresses do ambiente, devido ao seu elevado gasto energético para produção de flores e vagens. Segundo o gerente técnico e de Inovação, os resultados têm mostrado um incremento de produtividade na ordem de 3,7% (cerca de 2,47 sc/ha).
A tecnologia atua em três linhas de defesa, trazendo redução no estresse oxidativo:
Prevenção: atua no sistema fotoprotetor (aumento da produção de carotenoides), dissipando o excesso de energia.
Ataque direto aos radicais livres que causam danos às células (Selênio e Zinco atuam na formação de enzimas antioxidantes).
Promove maior eficiência no processo de transporte dos fotoassimilados produzidos na fotossíntese.
Soja biofortificada – O principal objetivo da biofortificação é aumentar os teores de vitaminas e nutrientes em alimentos tradicionalmente consumidos pela população e contribuir para a segurança alimentar e saúde humana. Pesquisas comprovam que os alimentos biofortificados são uma alternativa eficiente no combate à fome oculta, problema que afeta mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo.
“A aplicação de Nutriduo na cultura da soja tem apresentado excelentes resultados, elevando os níveis nutricionais, principalmente de Selênio, cerca de 2 a 5 vezes mais no grão. Isso significa que os produtores que fizerem aplicação foliar do produto estarão colocando no mercado uma soja ainda mais saudável”, comemora Mauri. “Queremos romper as fronteiras da academia e universidades, sendo um facilitador para que ingredientes assim cheguem à mesa dos brasileiros”, finaliza.
Centro de Inovação – A ICL América do Sul possui um centro de inovação em Iracemápolis (SP), credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como instituição de pesquisa do País. O credenciamento permite o uso dos resultados das pesquisas geradas no centro de inovação para o registro de novos fertilizantes, testes para viabilidade de fertilizantes via sementes e realização de bioensaios para registro de biofertilizantes. De acordo com a lista de instituições privadas de pesquisa do MAPA, a empresa é a única que atua exclusivamente na área de Nutrição de Plantas a possuir um centro de pesquisa cadastrado pelo ministério para pesquisa com fertilizantes, o que permite ainda mais agilidade no desenvolvimento de tecnologias únicas e no seu lançamento ao mercado.