As mudanças recentes no mundo obrigarão as organizações do agro, seus gestores e empreendedores, a ficarem mais próximos de seus clientes e desenvolverem a capacidade de resolver problemas que surgirão com a velocidade multiplicada da digitalização. Essas mudanças implicarão em uma nova cultura empresarial, uma nova visão dos negócios e um novo timing gerencial das operações. Essa mudança coorporativa será tema da 6ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio – CNMA, que debaterá como obter sucesso frente aos desafios dos novos tempos, nos dias 25, 26 e 27 de outubro, em formato Digital Experience, com o tema “Digital & Agregação de Valor. A nova liderança no Agro”. As inscrições, abertas em 1º de julho podem ser feitas no site do evento.
“Mudanças tão profundas, vivenciadas nos últimos meses, implicarão em uma mudança cultural nas empresas, que exigirão, ainda, uma atitude educadora radical do líder, que terá a responsabilidade de adaptar e lapidar seus recursos humanos. Esse é o foco de discussão para o CNMA, quando colocaremos em debate o papel da liderança nesse novo momento do setor”, destaca a Show Manager do evento, Carolina Gama.
Reinvenção do agro – À frente de uma das mais antigas entidades do agronegócio nacional, a presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Teka Vendramini, acredita que as mudanças vividas por conta da pandemia oferecem novos desafios aos líderes, principalmente do setor, tendo o papel estratégico de importância da produção do campo, para a alimentação mundial.
“Gosto muito de colocar isso em pauta, principalmente nesse momento que estamos passando, com a pandemia, em que o Brasil tem safras e produções recordes, nos colocando no papel de maior fábrica de alimentos do mundo. Estamos vivendo ainda no imponderável da vida e, essa fragilidade é uma crise transformadora”, afirma ela.
Para Teka, a pandemia fez com que todos tivessem uma percepção muito grande da importância da sanidade humana e animal, da segurança do alimento e da importância da consistência do sistema de controle sanitário. “Acho que começamos a nos cercar e perceber, cada vez mais, pontos que não eram tão relevantes nos julgamentos, que não nos preocupávamos tanto. Por isso é importante trazer para o debate o papel dos líderes no entendimento desse contexto, entendendo como o agronegócio está se reinventando”, aponta.
Liderança à frente do seu tempo – A presidente da SRB destaca, como um dos pontos-chaves que devem ser desenvolvidos pelos líderes, a flexibilidade mental. “Estamos repensando os nossos negócios, como administrar as empresas. Tenho uma preocupação muito grande com a gestão, pois temos que ouvir nossas equipes e nos cercar de profissionais capacitados e inteligentes. Além disso, o líder precisa transmitir segurança e, de alguma maneira, elevar o espírito das pessoas que trabalham a nossa volta. Na minha opinião, a liderança tem que fazer essa integração, tem que levar e elevar o espírito dessas pessoas e mostrar que nós vamos continuar caminhando”, reforça.
Nesse pensamento, Teka entende que o mundo digital impactou diretamente as lideranças, que precisaram se adaptar rapidamente ao mundo virtual, com a capacitação da equipe para viver esse novo momento. “Vivemos um período muito digital, em que as relações se desenvolveram pela tecnologia. Diversas empresas passaram por dificuldades quanto à capacidade de se adaptar ao uso das ferramentas on-lines. Foi um momento intenso de transferência de conhecimento entre as pessoas. Sem dúvida esse foi um desafio de liderança”, afirma.