Defensivos biológicos para combate a ácaros e nematoides são reconhecidos pelo Mapa

No dia 3 de abril de 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União (DOU) o Ato n° 26, com o registro de 46 defensivos agrícolas, sendo 17 com agentes de controle biológico em sua formulação.

Desse total, 44 são genéricos e dois são defensivos biológicos inéditos: um à base de extrato de alho, que poderá ser usado para o controle de nematoides (pragas de solo que atacam as raízes das plantas), e o outro, do ácaro Amblysuius tamatavensis, que controla a mosca-branca, praga que ataca batata, tomate e feijão, entre outras culturas.

Vale destacar que em todo o ano de 2019, foram registrados 40 produtos biológicos. Desse modo, o Mapa contribui para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional.

Segundo o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Bruno Breitenbach, o objetivo é estimular o uso de produtos biológicos na agricultura orgânica e convencional, aumentando o número de produtos registrados contendo microrganismos já presentes na natureza. Oito desses produtos registrados hoje poderão ser utilizados em sistemas de cultivos orgânicos.

“Vale lembrar que esses agentes biológicos são totalmente inofensivos aos seres humanos e controlam naturalmente as pragas das lavouras brasileiras. São produtos extremamente amigáveis ao meio ambiente e acreditamos que o ano de 2020 poderá ser marcado pela quantidade de produtos biológicos tornados disponíveis à agricultura brasileira”, explica.

Genéricos – O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência. “Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, ressalta Breitenbach.

A maioria dos ingredientes ativos presentes nos defensivos agrícolas registrados hoje têm uso registrado nos Estados Unidos, na Austrália e em países da Europa.

Os produtos que tiveram o registro publicado hoje foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.