Mastite: prevenir potencializa ganhos

A mastite é uma das enfermidades mais comuns nos rebanhos leiteiros do país, exigindo a atenção dos produtores para não afetar a produtividade. A infecção, que causa uma inflamação na glândula mamária, pode ocorrer por meio do ambiente ou através do contágio durante os procedimentos de ordenha. No primeiro caso, a infecção se dá pelo contato com barro, água, esterco e camas contaminadas por microrganismos. No segundo, a infecção acontece por problemas de procedimento e higiene durante a ordenha, como por exemplo, má desinfecção dos tetos, falta de uso de luvas pelos ordenhadores ou ausência de manutenção no equipamento de ordenha. 

A mastite pode reduzir ou até zerar a produção de leite, alterando sua qualidade e composição biológica, o que impacta diretamente no lucro dos produtores. A doença ainda pode comprometer a fertilidade e, em casos mais severos, levar o animal ao óbito. 

A doença pode ser classificada de duas formas. Na mastite clínica, os sintomas são visíveis e se observa a presença de grumos no leite, vermelhidão e edema no úbere. No caso da mastite subclínica, não são observados sinais clínicos a olho nu, apenas é constatada a mastite através de exames complementares, o que dificulta a identificação e o controle da doença dentro da propriedade. Neste caso, somente análises laboratoriais, com relatórios de contagem de células somáticas (CCS) e a cultura do leite são capazes de comprovar o diagnóstico. 

O período seco é um excelente momento para tratar tanto as infecções clínicas quanto as infecções subclínicas que não foram curadas durante a lactação. Para garantir a saúde do animal e a qualidade do leite produzido, o ideal é a fazenda preconizar um período seco de no mínimo 45 a 60 dias, além de realizar a terapia da vaca seca completa. 

“A Zoetis desenvolveu um antibiótico intramamário ideal indicado para terapia de vaca seca. Seu longo período de ação, proporciona excelentes taxas de cura de infecções pré-existentes que não foram curadas durante o período de lactação”, explica o gerente Técnico de Leite de Bovinos da Zoetis, Chester Batista. 

O gerente explica também que é importante utilizar um selante de tetos após a administração do antibiótico intramamário, produto que forma uma barreira física que impede a entrada de agentes ambientais no canal do teto durante todo o período seco.

Importante destacar que durante a lactação a mastite pode ser tratada com um antibiótico intramamário que agrega amoxicilina, ácido clavulânico e um potente anti-inflamatório, a prednisolona, que reduz o inchaço, a dor local e promove maior conforto ao animal. “Esse é um diferencial que garante um tratamento rápido e eficaz. Com apenas 3 dias de carência após a última aplicação, a vaca retorna mais rápido para ordenha, reduzindo o descarte de leite e os custos do tratamento”, aponta Batista.

Além das ferramentas citadas, um potente aliado no propósito de possuir um rebanho menos acometido por mastites, é a genética. A Zoetis conta com solução que entrega predições diretamente ligadas à incidência da doença, bem como índices que auxiliam na busca por animais mais longevos, saudáveis e produtivos. 

“De posse dessas informações, o produtor pode criar uma estratégia de multiplicação mais acelerada dos animais com melhor mérito genético ou mesmo descartar os piores de modo que cada geração seja superior geneticamente a anterior, o que significa em termos práticos um rebanho com menor incidência de várias doenças e, entre elas está a mastite”, diz o coordenador de Serviços Técnicos de Genética da Zoetis, Gustavo Gonçalves.


Foto: Zoetis