Fórum Pecuária Brasil: em sua segunda edição, evento debateu o protagonismo e os desafios da atividade em âmbito nacional e internacional

O ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcos Montes, na abertura do “Fórum Pecuária Brasil”, em São Paulo, promovido pela Datagro em 14 de julho, em vídeo de boas-vindas aos participantes do evento, falou sobre a oportunidade de maior inserção do setor agropecuário brasileiro no mercado externo face aos conflitos globais atuais, ressaltando que a produção nacional de carnes representa 10% de toda a produção mundial e que 23% do comércio de carnes, no mundo, tem origem no Brasil.

“O setor faz o País, cada vez mais, um fornecedor confiável de alimentos para o mundo”, reforçou, lembrando que a pecuária detém enorme potencial de crescimento no país, podendo contribuir, internamente, com o desenvolvimento e, externamente, com o enfrentamento à vulnerabilidade da segurança alimentar mundial, questão que tem sido acentuada por efeitos trazidos pela pandemia e pelo conflito no Leste Europeu. 

A abertura do evento, que destacou a relevância da agropecuária brasileira em contexto mundial, contou ainda com a presença do secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Francisco Matturro; da presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Cristina Vendramini; do presidente da consultoria Datagro, Plinio Nastari; e do presidente do Grupo Pecuária Brasil, Oswaldo Furlan Junior.

Além do protagonismo internacional da carne brasileira, as autoridades, referências pecuaristas, da indústria frigorífica e do setor financeiro que estiveram presentes discutiram temas de descarbonização da cadeia, ESG, retomada de liquidez do setor, projeções de futuro e as mudanças estruturais à maneira de se precificar a arroba do Boi no Brasil.

Destaque para cases de pecuaristas apresentados no painel sobre “Os desafios da intensificação da pecuária brasileira”, sob a moderação de Victorio Amoroso Neto, analista Datagro Pecuária. Amarildo Merotti, presidente da Comercial da Roça, de Cáceres, (MT), falando sobre a forma de gestão de sua fazenda e das margens obtidas com a comercialização sempre via Bolsa de Valores, alertou que suas compras também são “hedgeadas” e frisou a importância de o próprio produtor cuidar desse assunto, pois as decisões devem ser rápidas e sempre impactam as margens. Já Rogerio Goulart, editor da Carta Pecuária e Pecuarista, de Dourados (MS), falou sobre a forma com que trata o trato e faz a recuperação das áreas degradadas. Roberto Jank, presidente da Agrindus S/A, de Descalvado (SP), falou sobre a pecuária leiteira, tendo por base seu rebanho de 5.000 animais.

Aliás, “O mercado futuro do boi gordo e a retomada da liquidez” também foi tema de painel, que contou com a participação de Eduardo Ribeiro, Commodities Broker, Necton, São Paulo (SP); Leandro Bovo, diretor da Radar Investimentos, sediada em São Paulo (SP); e Louis Gourbin, superintendente Commodities na B3, Brasil. A moderação foi de João Otávio de Assis Figueiredo, Economista, líder de Pesquisa na DATAGRO Pecuária.

Os demais painéis enfocaram: “Os desafios da descarbonização e sustentabilidade”; “A presença da carne brasileira no mundo – desafios da indústria”; e “O mercado da agropecuária e o papel das associações de classe”.

O GestAgro 360° é apoiador de mídia do evento.

Foto: Divulgação