DESTAQUE – Exportações do agro brasileiro seguem alavancadas

Em janeiro, as exportações de carne de frango alcançam 291,6 mil tons, carne suína chegou a 63,1 mil ton, amendoim in natura cresceu 38% em 2020 e café atingiu 3,1 milhões de sacas. Esse resultados são altamente estimulantes para um País que vem tendo na agropecuária a sustentação da economia, mantendo o PIB (Produto Interno Bruto) positivo e, continuamente, conquistando mercados.

As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 291,6 mil toneladas no primeiro mês de 2021, de acordo com levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume total embarcado no período foi 9,9% menor em relação às 323,8 mil toneladas efetivadas em janeiro de 2020. O resultado das vendas de carne de frango em janeiro deste ano chegou a US$ 434,4 milhões, número 17,9% inferior ao efetivado no mesmo período do ano passado, com US$ 529,1 milhões.

No caso das exportações totais de carne suína, o volume embarcado chegou a 63,1 mil toneladas, número 7,8% menor em relação ao mesmo período de 2020, com 68,5 mil toneladas. Em receita, o resultado das vendas do mês alcançou US$ 146,5 milhões, desempenho 10,7% menor em relação ao realizado em 2020, com US$ 164,1 milhões

Café – O Brasil exportou 3,1 milhões de sacas de café em janeiro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada com os embarques no mês foi de US$ 404,13 milhões, equivalente a R$ 2,2 bilhões de reais, alta de 10,2% em relação a janeiro de 2019, se considerarmos a conversão em reais. O preço médio da saca de café foi de US$ 128,41. Já as exportações de café verde, especificamente, para os países produtores registraram alta de 117,4, com o embarque 161,5 sacas para aqueles países. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

Com relação às variedades embarcadas, o café arábica representou 84,2% do volume total de café exportado em janeiro, com 2,6 milhões de sacas embarcadas. O café solúvel representou 8,1% dos embarques no mês, com 254 mil sacas exportadas, e o café conilon (robusta) representou 7,7% de participação nas exportações, equivalente a 241,5 mil sacas. Destaque para esta última variedade de café, que registrou crescimento de 7,9% no período em comparação com o volume do café embarcado em janeiro de 2019.

Do total exportado, 500,5 mil sacas são de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis) que representaram 15,9% do total embarcado no mês. A receita cambial dessa modalidade foi de US$ 83,6 milhões, correspondendo a 20,7% do total gerado com os valores da exportação de café, enquanto que o preço médio ficou em US$ 166,99.

O principal destino de café brasileiro em janeiro deste ano foram os Estados Unidos, que importaram 692,4 sacas de café (22% do volume total exportado no mês para o mundo). Em segundo lugar ficou a Alemanha, com 532 mil sacas exportadas para o país (16,9% das exportações). Na sequência estão: Bélgica, com 261,4 mil sacas (8,3%); Itália, com 195,5 mil sacas (6,2%); Japão, com 150 mil sacas (4,8%); Colômbia, com 113 mil sacas (3,6%); Federação Russa, com 106 mil sacas (3,4%); Turquia, com 97,3 mil sacas (3,1%); França, com 84,6 mil sacas (2,7%); e, Canadá, com 75,3 mil sacas (2,4%).

Desses principais destinos de café brasileiro, a Colômbia e a Bélgica se destacaram por registrar os crescimentos de 237% e 56,4%, respectivamente, ante o volume exportado a estes países em janeiro de 2019. Os Estados Unidos também registraram aumento, de 8,9% em relação ao primeiro mês do ano passado, e a França apresentou alta de 7,9%.

Os 10 maiores países importadores de cafés diferenciados, que representaram 82,1% dos embarques com diferenciação em janeiro, foram: Estados Unidos, com 118,1 mil sacas (23,6% do volume total de cafés com diferenciação exportado em janeiro); Alemanha, com 69,7 mil sacas (13,9%); Bélgica, com 67 mil sacas (13,4%); Japão, com 35 mil sacas (7%); Itália, com 32,5 mil sacas (6,5%); Canadá, com 22,1 mil sacas (4,4%); Reino Unido, com 18,8 mil sacas (3,7%); Suécia, com 18,4 mil sacas (3,7%); Turquia, com 17,6 mil sacas (3,5%); e Países Baixos, com 12 mil sacas (2,4%).

O relatótio do Cecafé destaque que nos sete primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul/20-jan/21), o Brasil exportou 27,8 milhões de sacas de café, crescimento de 17,2% em relação a mesma base comparativa da safra anterior e também maior volume embarcado para o período nos últimos cinco anos. Os cafés arábica e robusta no período registraram crescimento de 19,1% no volume exportado, com 22,5 milhões de sacas e 3 milhões de sacas, respectivamente.

A receita cambial com as exportações do período até agora foi de US$ 3,4 bilhões, aumento de 14,3% em relação a jul/20-jan/21, que, convertido em reais atingiu R$ 118,5 bilhões, alta de 51,5%. Já o preço médio ficou em US$ 123,78.

Amendoim – Ao todo foram exportadas 259 mil toneladas do alimento o que representou um resultado superavitário de cerca de US$ 315 milhões na balança comercial. Desse modo, no acumulado de janeiro a dezembro de 2020, o setor de amendoim in natura apresentou resultado positivo em sua balança comercial. Dados da ComexStat, organizados pela Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), mostram um resultado superavitário de US$ 314,4 milhões. O valor representa um crescimento de 38% em relação a 2019 (US$ 227,7). Ao todo, foram exportadas 259 mil toneladas de amendoim in natura, um aumento de 31% na comparação com o ano anterior.

Tratando-se do mercado de amendoim processado, foram exportadas 5 mil toneladas, correspondendo a um valor de US$ 9,8 milhões, o que representa uma retração de 12% em comparação à 2019.

Ao todo, em 2020, o Brasil exportou amendoim in natura e processados para mais de 79 países. Vale ressaltar que em 2019, o Brasil fechou o ano como o 14º maior produtor de Amendoim in natura do mundo segundo a USDA e vem aumentando sua capacidade de produção ano a ano. Dados do Instituto Agronômico (IAC), do governo do Estado de São Paulo, mostram que houve crescimento na área total plantada em comparação com a safra anterior superando 200 mil hectares, o que assegurou o atendimento de demanda crescente no país e nos seus principais mercados no exterior.

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