Cinco decisões alavancaram produção e rentabilidade de cana-de-açúcar em São Paulo

VOCÊ SABIA QUE a adoção de práticas inovadoras em plantação de cana-de-açúcar pode reverter a situação de uma propriedade, tornando-a não só rentável, mas referência na região em que está localizada? A vivência do canavicultor Celso Torquato Junqueira Franco nas Fazendas Barreiro e Diamante, na região de Morro Agudo (SP), mostra exatamente isso. Cinco decisões alavancaram sua rentabilidade, passando de uma média de 11,5 TAh para mais de 15 TAh.

A história de sucesso de Celso Franco vem inspirando outros produtores da região. A reviravolta nas propriedades que não estavam sendo rentáveis, foi obtida em seis anos, após décadas sob os cuidados da família, que iniciou a cultura de cana em 1963. “Há 6 anos (2014), meu pai me chamou e disse que estava pensando em arrendar as terras para a usina. Eu decidi acompanhar de perto o que estava acontecendo”, relata o canavicultor, explicando que um de seus primeiros pensamentos foi: “Por que fazer o mesmo, se posso fazer melhor?”

Frente ao desafio, Franco pesquisou as melhores práticas e tecnologias e lançou mão de 5 decisões que alavancaram sua rentabilidade, passando de uma média de 11,5 TAh para mais de 15 TAh.

Confira quais foram as decisões:
1 – Sistematização garante mais assertividade no manejo
O primeiro aspecto que prejudicava a produtividade vinha em decorrência dos danos gerados pela mecanização mal planejada, como pisoteio das linhas de cana. Por isso, a primeira decisão foi investir na sistematização dos talhões, definindo as linhas, a dimensão de cada uma delas e o percursos das máquinas.

“Hoje, dentro do nosso protocolo, utilizamos de técnicas de georreferenciamento de área e sistematização de plantio. Com isso, temos um desenho dos talhões que permite o melhor aproveitamento da área e reduzimos manobras na operação e garantimos que não haja pisoteio”, explica o canavicultor.

2 – Boas condições de solo fazem a diferença
O solo está dando condições para que a planta possa produzir? Com esse questionamento, Celso concluiu que o solo não estava sendo tratado adequadamente. Apesar de adotar rotação de culturas com o plantio de soja a cada reforma, havia muito a melhorar.

“A regra, então passou a ser: quanto menos mexer com a terra, melhor. Fomos experimentando práticas e hoje adotamos o plantio direto na palha, que oferece melhores resultados, preserva a temperatura e umidade do solo entre outros fatores”.

3 – Meiosi e Cantosi otimizam o plantio
A sistematização gerou outra boa decisão ao canavial do Celso: a implantação dos sistemas de meiosi e cantosi, que otimizam a área plantada, reduzindo custos com as reformas. Além disso, a produção de culturas intercalares, como soja, que minimizam o custo de produção e contribuem com a qualidade do solo.
“Plantar em meiosi ou cantosi, é mais investimento envolvido, pelo menos R$1.000 a mais por hectare em média. Só que a gente colhe R$3 mil a mais por hectare. É uma estratégia que dá mais trabalho, mas é muito mais interessante”, salienta.

4 – Micronutrientes para aumento de produtividade
Com as etapas de plantio e manejo do solo concluídas, chegou a vez de cuidar da nutrição para que as plantas possam expressar o máximo potencial produtivo. Nessa etapa, Celso Franco implementou protocolos de nutrição foliar com micronutrientes, adotando produtos para cada etapa da safra, do plantio à pós colheita.

Entre as soluções nutricionais utilizadas, uma inovação é a aplicação do BVI, solução desenvolvida pela Euroforte que traz inovações tanto no modo de ação do produto, como em sua aplicação. O resultado é maior produtividade e simplificação de operações.

O BVI é uma solução nutritiva rica em micronutrientes e enriquecida com a tecnologia Cicloheptose, que melhora a penetração dos ativos na planta, estimula seu metabolismo, reduz a perda de perfilhos, promove ganhos significativos em TCH e aumenta o brix do caldo.

A aplicação em Baixo Volume Integral, método de aplicação exclusivo da Euroforte, é um atrativo a mais para o produtor: o produto vem em calda pronta e simplifica as operações no campo, garante a dose correta de aplicação, reduz a mão-de-obra, economiza água e embalagens.

A primeira aplicação de BVI foi feita em uma área experimental de 27 hectares: “Avaliamos os primeiros resultados e tivemos aumento de 11,5 TCH em relação às safras anteriores. No ano seguinte, aplicamos o BVI em área total, com 1.100 hectares, que trouxe um grande diferencial de ATR na colheita. Nossa avaliação com a usina subiu muito, com mais ATR do que a gente vinha performando. A nutrição interferiu nessa qualidade”, afirma.

5 – Eliminação da aplicação do Nitrogênio Mineral
Há 3 anos o Celso conheceu o BVBOOSTER, produto desenvolvido pela Euroforte que potencializa a fixação biológica de nitrogênio e substitui a aplicação de nitrogênio mineral na cana. Além da vantagem ambiental, pela redução da emissão de gás carbônico na atmosfera, o produto gera economia com as adubações nitrogenadas e traz ganhos em produtividade.

“Em 2018 testei em 20 hectares na expectativa de ter um empate em produtividade, já que teria uma grande vantagem em redução de custos e impacto ambiental, tendo em vista o RenovaBio. Para nossa surpresa, o teste gerou um resultado positivo em produtividade. O ano passado expandimos a aplicação em 415 hectares em áreas diferentes e os resultados continuaram sendo positivos. Ainda temos pequenas áreas de nitrogênio para fazer a comparação, mas estamos aguardando ansiosos a colheita para analisar e comprovar a sustentabilidade”, avalia o canavicultor.

Resultados comprovados – Em 2014, a produtividade média nas Fazendas Barreiro e Diamante era de 11,5 TAh, insuficiente para justificar todos os custos. Em 2017 os primeiros resultados começaram a aparecer e serviam de incentivo para melhorar o protocolo adotado pelo canavicultor. A partir de 2018, o TAh chegou a 15.

“2019 foi o ano da glória, em que tudo deu certo e todos os investimentos que fizemos ao longo dos anos, se juntaram e fecharam um sistema completo. Chegamos à marca de 16,8 TAh e o nosso normal, que era de 1 ou 2 quilos de ATR a mais que a usina, chegou a 8 quilos”, reforça Celso Franco, comentando que os resultados extraordinários estão motivando-o a melhorar ainda mais o protocolo: “A gente não quer ganhar todas, a gente quer perder menos. Continuamos confrontando o protocolo com novas opções, conscientes de que tudo é tentativa e erro para a gente aprender e melhorar. É muito prático fazer todo ano a mesma coisa, mas não há mudança. A gente quer melhorar. Mas de forma responsável”, enfatiza.

Decisão – Pensar diferente dos padrões é essencial para o desenvolvimento do setor sucroenergético e para o agronegócio como um todo. E levar inovações para aumentar a rentabilidade no campo é um compromisso da Euroforte, que inova a cada dia para oferecer ao produtor, soluções exclusivas para a nutrição avançada de plantas, garantindo lavoura com resultados extraordinários, como a do Celso Franco.