YAMI – Adoção de ferramentas digitais nos processos do agro potencializam resultados do campo

A evolução digital e a sua contribuição para o progresso do agronegócio nortearam as discussões do segundo dia do YAMI – Youth Agribusiness Movement International, evento que reúne, virtualmente, jovens do setor. A mesa-redonda do dia debateu os efeitos do uso de tecnologias no campo e as oportunidades que a Internet oferece ao setor, destacando as possibilidades que elas trazem aos jovens do campo.

O debate destacou os processos do mundo digital que evoluíram nos últimos anos e que puderam ser assistidos por muitos dos profissionais da área, que, na época, estavam nas universidades ou iniciando suas carreiras e hoje utilizam dessas ferramentas no dia a dia do negócio.

“Essa jornada de digitalização do agro foi intensa e já dura muitos anos. Eu me lembro que, há cinco anos, quando visitávamos um cliente, um dos questionamentos mais comuns era: mas como faço para ter um e-mail? Nosso desafio era auxiliar os produtores a se conectarem; hoje é de usar a tecnologia para estar mais próximo dele”, afirmou o diretor de Experiência do Cliente para a divisão agrícola da Bayer, Thiago Junqueira.

Para o cientista da computação brasileira, considerado um dos pioneiros da Internet no Brasil, Demi Getschko, o atual situação acelerou os processos da evolução digital, pois a Internet ajudou a sociedade a superar os desafios impostos pela pandemia.

“Esse momento nos mostrou que a evolução digital é muito importante, mas que ainda temos alguns obstáculos a serem superados, como a segurança de dados. As mudanças ocasionadas pela Covid-19 mostraram um cenário de informações mais expostas, o que preocupa muito as empresas”, observou Demi Getschko, destacando que a importância da implantação da Internet das Coisas no agronegócio. “Para uma propriedade é essencial termos as máquinas interligadas, com a possibilidade de falarem entre si. Por isso é muito importante estarmos atentos a esse conceito e sua evolução. A produção eficiente só continuará competitiva se prestarmos atenção aos desafios que virão pela frente”.

A profissionalização do digital – Atualmente são muitos os casos de profissionais que encontraram no campo virtual uma forma de levar suas mensagens. Os empreendedores digitais do agronegócio produzem conteúdo de forma inteligente, levando a informação de uma maneira mais assertiva ao público, dentro e fora das porteiras.

“Há 15 anos assistimos o movimento de inserção da tecnologia nos processos das fazendas, o que quase obrigou os produtores a aceitarem e mudarem seus conceitos sobre ela. Com o aumento da presença dos jovens, público com maior habilidade com o digital, a resistência diminuiu ainda mais, o que possibilitou a introdução de novas ferramentas no campo. Hoje temos grandes influenciadores que atuam no setor com estratégia e marketing digital bem estruturado, levando informações de relevância a produtores rurais de todo o Brasil”, destacou Michelly Santana, CEO do Agronerd.

Idealizadora do AgroUniversitário, Ronara Lasmar dividiu com os participantes sua história no setor e o papel da Internet nessa trajetória. “A revolução virtual mudou a minha vida. Por meio das ferramentas digitais passei a ajudar profissionais e empresas do setor a crescerem e alcançarem seus objetivos. Aquele tempo em que esperávamos a visita do técnico para avaliar a lavoura, por exemplo, já passou. Hoje tudo é resolvido mais rápido e com mais agilidade por meio da Internet”.

Presente no estúdio do evento em São Paulo, a produtora rural e agroinfluencer Aretuza Negri, idealizadora do perfil Ela é do Agro também contou um pouco de sua trajetória, evidenciando o papel do ambiente virtual na aproximação das pessoas. “Minha base e propósito sempre foram me conectar com as pessoas e o mundo da Internet me ajudou com esse objetivo, por meio das redes sociais, que possibilitam um relacionamento entre pessoas, mesmo distantes fisicamente. Não tenho dúvidas de que o chamado Agro 5.0 vai tratar de pessoas, evidenciando a forma de trazê-las para o digital”.

“Temos um cenário de mudança de mindset no setor, pois os produtores se mostram a cada dia mais abertos às novas tecnologias e à adoção de ferramentas digitais para os processos do campo. Esse movimento já um ponto importante para a evolução do agronegócio brasileiro”, finalizou a agrônoma e especialista em gestão do agronegócio, Alessandra Decicino, que moderou o debate.

Mais informações: http://yamimovement.com.br/.

GestAgro 360° é apoio de mídia do evento.